segunda-feira, 6 de agosto de 2012

230. O DIÁRIO DA PRINCESA, de Garry Marshall


Uma comédia melosa e sem graça que ganha pela presença de Julie Andrews e pela estréia de Anne Hathaway
Nota: 7,2


Título Original: The Princess Diaries
Direção: Garry Marshall
Elenco: Julie Andrews, Anne Hathaway, Hector Elizondo, Caroline Goodall, Heather Matarazzo, Mandy Moore, Robert Schwartzman, Erik Von Detten
Produção: Debra Martin Chase, Whitney Huston, Mario Iscovich e Ellen H. Schwartz
Roteiro: Gina Wendkos e Meg Cabot (romance)
Ano: 2001
Duração: 115 min.
Gênero: Comédia / Romance

Mia Thermopolis é uma jovem americana que nuca soube todas as verdades sobre seu pai. Apesar de inteligente, ela não é nada popular no colégio e é apaixonada pelo garoto mais bonito e desejado da redondeza, até aí a história não tem nada de novidade para o estilo da trama. Entretanto, Mia descobrirá que o pai morreu, e quem contará toda a verdade de sua família é a mãe de seu pai, ninguém mais ninguém menos que a Rainha da Genovia. Mia terá, portanto, de aprender a agir, se portar e ser uma verdadeira princesa, pois é a única herdeira direta do trono.


Garry Marshall ficou conhecido e popularizado na década de 70 com a série para televisão vencedora do Emmy e do Globo de Ouro, “The Odd Couple” (1971-1974), além de uma dezena de filmes de comédia divertidos, engraçados e bem populares: “Nada em Comum” (1986), com Tom Hanks, “Um Salto para a Felicidade” (1987), com Goldie Hawn, “Uma Linda Mulher” (1990), com Julia Roberts e Richard Gere, “Frankie & Johnny” (1991), com Al Pacino e Michelle Pfeiffer, “Simples Como Amar” (1999), com Juliette Lewis e Diane Keaton, “Noiva em Fuga” (1999), novamente com a dupla Gere-Roberts, “Um Presente para Helen” (2004), com Kate Hudson e Joan Cusack, “O Diário da Princesa 2” (2004), “Ela é Poderosa” (2007, com Jane Fonda, Lindsey Lohan e Felicity Huffman, “Idas e Vindas do Amor” (2010), com Julia Roberts, Anne Hathaway e grande elenco e “Noite de Ano Novo” (2011), com Michelle Pfeiffer e Robert De Niro. Além de dirigir, Marshall é roteirista, produtor e ator. Seu trabalho nos filmes que retratam a vida da princesa Mia é simples: adaptar os livros melosos de Meg Cabot para um filme mais meloso e sem graça. Não que o filme seja de todo ruim, afinal, ele conta com Julie Andrews no elenco, mas o resto simplesmente parece não funcionar, o fato é que todos os outros filmes do diretor conseguem fugir tranquilamente do quesito comédia idiota, mas esse passa perto do gênero. A trilha sonora de John Debney é bem jovem e propícia para um filme destinado ao público adolescente feminino.


Talvez o melhor do filme seja mesmo em ele trazer uma das atrizes mais carismáticas e promissoras do século XXI, Mia é a primeira personagem de Anne Hathaway que, desde então não parou mais de trabalhar, depois desse vieram: “O Herói da Família” (2002), “Uma Garota Encantada” (2004), “O Segredo de Broakeback Mountain” (2005), “O Diabo Veste Prada” (2006), “Amor e Inocência” (2007), “O Casamento de Rachel” (2008), “Noivas em Guerra” (2009), “Alice no País das Maravilhas” (2010), “Rio” (2011) e “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2012). No início da trama, Hathaway nos traz uma personagem feia e toda desengonçada, depois que descobre sua nobreza, a menina passa a ficar bela e se tornar uma verdadeira dama. A outra parte do elenco é formada pela grande atriz Julie Andrews, conhecida por seus papeis em “Mary Poppins” (1964), “A Noviça Rebelde” (1965), “Mulher Nota 10” (1979) e “Victor ou Victoria” (1982). Apesar de ser uma das melhores coisas do filme, parece-me mais que Andrews age naturalmente e deixa a personagem extremamente fácil de ser interpretada, afinal, poucas mulheres possuem a mesma classe que a atriz. Além dessa ótima dupla, no elenco ainda temos Caroline Goodall com a mãe de Mia, Heather Matarazzo como a melhor amiga de Mia, Mandy Moore em um dos seus primeiros papeis como o desafeto escolar de Mia, Robert Schwartzman como o amigo apaixonado de Mia e Hector Elizondo como o motorista real.

Toda garota que se preze um dia já sonhou em ser uma autentica princesa, encontrar a perfeição em um belo príncipe ao estilo europeu, ter um casamento de conto de fadas, ter filhos tão lindos quanto o pai e serem felizes para sempre, pois bem, em algum momento da vida, toda garota que se preze acorda desse sonho ridículo. Aqui o sonho vem de forma aparentemente agradável, até Mia começar a descobrir que não é tão fácil ser uma princesa e se questionar quanto ao que ela deseja da vida. Definitivamente esse não é um dos melhores filmes de Garry Marshall, aliás, está longe de ser, mas que todas as adolescentes sonhadoras irão gostar dele, isso é indiscutível.


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