quinta-feira, 9 de agosto de 2012

225. SE EU FOSSE VOCÊ, de Daniel Filho.


Uma das melhores comédias do cinema brasileiro. Simplesmente imperdível!
Nota: 9,0


Título Original: Se Eu Fosse Você
Direção: Daniel Filho
Elenco: Tony Ramos, Glória Pires, Denis Carvalho, Maria Ceiça, Carla Daniel, Helena Fernandes, Jorge Fernando, Ary Fontora, Maria Gladys, Leandro Hassum, Thiago Lacerda, Glória Menezes, Patrícia Pillar, Lavínia Vlasak, Danielle Winits
Produção: Walkiria Barbosa, Iafa Britz, Daniel de Castro, Marcos Ditonet, Daniel Filho, Vilma Lustosa e Carlos Eduardo Rodrigues
Roteiro: Rene Belmont, Iafa Britz, Adriana Falcão, Daniel Filho, Roberto Frota e Carlos Gregório
Ano: 2006
Duração: 108 min.
Gênero: Comédia

Cláudio e Helena já são casados há um bom tempo, ele é o dono bem sucedido de sua própria agência de publicidade, ela professora de um coral infantil em uma escola. O problema está exatamente em nenhum dos dois ceder mais da forma como deveriam e em estarem acostumados com a rotina e seu casamento vai de mal a pior. É quando o relacionamento satura e nenhuma mais agüenta o outro, pois cada um só pensa em si próprio, que eles trocam de corpo e são obrigados a fingir que o dono de cada corpo está em seu próprio corpo. A partir daí, obviamente, a confusão e as risadas serão garantidas.

O primeiro filme de Daniel Filho foi “Pobre Príncipe Encantado” (1969), depois vieram dezenas de filmes e séries para televisão, voltou para o cinema apenas nos anos 2000, com: “A Partilha” (2001), “A Dona da História” (2004), “Muito Gelo e Dois Dedos D’Água” (2006), “Primo Basílio” (2007), “Se eu Fosse Você 2” (2009), “Tempos de Paz” (2009), “Chico Xavier” (2010) e prepara-se para formar uma trilogia envolta na história de Cláudio e Helena, ainda dirigiu as conhecidas séries “As Cariocas” (2010) e “As Brasileiras” (2011-2010). Em seu comando ele transformou uma temática extremamente comum em filmes americanos direcionados para o público jovem, em um estilo destinado a qualquer idade, uma comédia que agrada a todo público, não fazendo distinção entre os demais gostos do povo e trazendo algo inteligente, bem feito e divertido. A trilha sonora conta com nomes como Roberto de Carvalho, Guto Graça Mello, Rita Lee e Nelson Motta, e vai desde músicas como “Chapa Quente”, do Pérola Black, até a 9 ª Sinfonia de Beethoven, essa última conta ainda com uma versão remixada pra lá de interessante.

A liderança desse ótimo elenco é composta por dois atores adorados pelo público e de grande valor para o cinema, o teatro e a telenovela brasileira. Tony Ramos vive Cláudio, até o momento em que ele troca de corpo com a esposa, o ator apenas precisa mostrar a personalidade machista e individualista da personagem, o bom mesmo é quando Tony começa a agir como se a personalidade feminina de Helena estivesse ocupando seu corpo, aí sim o ator demonstra o quanto é capaz de fazer comédias e nos proporciona as cenas mais originais e engraçadas do filme. A outra parte da dupla é composta por Glória Pires, bem como para a personagem de Ramos, no início a sua não tem nada de mais, no entanto, quando eles trocam de corpo, Pires, uma verdadeira dama, precisa encarar o fato de que agora ela é o marido machista que senta de pernas abertas e faz tudo de mais desagradável que somente um homem pode fazer.


A química que fica clara entre Tony Ramos e Glória Pires é o que move esse filme e o torna tão agradável, divertido e engraçado. Mas a produção é mais que uma comédia, ela reflete sobre uma das maiores dificuldades da vida, viver um relacionamento sério a dois, afinal, um casamento nunca é fácil, obviamente é sempre necessário que um se coloque no lugar do outro, e aqui isso acontece literalmente. Talvez essa troca de corpos fosse necessária para todos os relacionamentos no mundo todo, afinal, dessa forma todos os seres humanos conseguiriam viver melhor em sociedade e deixariam suas diferenças de lado em prol da felicidade e da harmonia.


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