segunda-feira, 6 de agosto de 2012

232. BONS CONSTUMES, de Stephan Elliott

Comédia divertida que supera as expectativas ao satirizar a tão temida sociedade inglesa.
Nota: 7,8


Título Original : Easy Virtue
Direção : Stephen Elliot
Elenco: Jessica Biel,Bem Barnes, Kristen Scott Thomas, Colin Firth, Kimberley Nixon, Ktherine Parkinson, Kris Marshall, Christian Brassington
Produção: Joseph abrams, James D. Stern, Barnaby Thompson
Roteiro: Stephan Elliot, Sheridan Jobbins e Noel Coward (peça teatral)
Ano: 2008
Duração: 97 min.
Gênero: Drama / Comédia

Os Whittaker são uma família rica e tradicional da Inglaterra, quando o único filho do casal, John, volta para casa casado com uma mulher mais velha, viúva, independente e toda moderna, os alicerces assegurados pela matriarca Veronica vão ser testados das mais diversas formas. Enquanto Veronica tenta convencer o filho de ficar na casa de campo da família, Larita, a nova esposa, quer mudar para Londres e fazer com que o rapaz se desgarre da mãe, por fim ainda temos o pai do garoto, um homem destruído pela guerra que já não sabe como levar sua vida. Dessa forma, a família se tornou apenas aparências sobre um cotidiano totalmente destroçado.


Stephen Elliot é conhecido por seu trabalho mais célebre: o extravagante “Pricilla, a Rainha do Deserto” (1994). Aqui ele adapta uma história que já havia sido feita para o cinema em 1928 por Alfred Hitchcock, claro que na primeira versão temos o estilo mais sinistro típico do mestre do suspense, apesar disso os dois filmes possuem um enredo semelhante ao abordarem Larita como uma mulher que deseja uma vida melhor que a que possui e acaba se entregando ao amor loucamente. Elliot trás o melhor do estilo inglês: mansões luxuosas, caças, festas, e tradições e mistura a originalidade que os americanos possuíam na época para fazer com que o mundo da família Whittaker vire de cabeças para baixo. Ainda nos proporciona uma fotografia linda e uma edição satisfatória, o figurino é algo à parte. A trilha sonora é do nada experiente Marius De Vries, apesar de ter feito apenas um filme anterior a esse a trilha é divertida e suas escolhas para as músicas da época são excelentes, para quem gosta do estilo super recomendo correr atrás nas lojas da internet.


Jessica Biel é uma atriz com a qual não simpatizo muito, mas, ao assistir a esse filme, descobri que o problema não é ela, são as personagens que ela faz, Larita se encaixa perfeitamente na americana e parece que ela se sente super a vontade interpretando uma mulher moderna e independente, pode não ser uma atuação de todo fantástica, mas é satisfatória. Bem Barnes vive o inocente e iludido John, apesar de saber que ama Larita e que ela o ama, o rapaz é, definitivamente, um garoto inexperiente que não sabe nada da vida, com Barnes tenho uma simpatia grande e acredito em sua competência. Kristen Scott Thomas é simplesmente única como a matriarca Veronica: insuportável e orgulhosa, Scott Thomas demonstra de forma simples como esse tipo de mulher se comportava na sociedade. Colin Firth está um pouco apagado e não tem nessa uma de suas melhores atuações, talvez pela personagem ser bem fraca. Por fim, Kimberley Nixon e Katherine Parkinson são as irmãs Hilda e Marion, respectivamente.

O filme não é nenhuma obra de arte, mas é divertido e inteligente ao estudar a sociedade inglesa da época (o que já o faz valer a pena, afinal, geralmente os filmes que abordam esse tema durante sua trama são bem reflexivos e seus roteiros bem feitos. Enfim, não é apenas no contexto do filme, e sim em toda a sociedade inglesa durante anos, quiçá até hoje, que pode ser tratada somente de uma forma: da mesma que se trata um afogamento, deixando-se de se debater e levar na maior tranquilidade.


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