terça-feira, 17 de julho de 2012

246. MEGAMENTE, de Tom McGrath


Não há nenhum bom herói que supere um péssimo vilão.
Nota: 9,0


Título Original: Megamind
Direção: Tom McGrath
Elenco: Will Ferrell, Brad Pitt, Tina Fey, Jonah Hill, David Cross, Ben Stiller, Justin Theroux, Jessica Schulte
Produção: Lara Breay, denise Nolan Cascino
Roteiro: Alan J. Schoolcraft e Bret Simons
Ano: 2010
Duração: 95 min.
Gênero: Animação / Comédia / Fantasia

Oito dias após nascer, Megamente, um bebê azul, cabeçudo e estranho viu seu planeta ser engolido por uma espécie de buraco negro enquanto viajava pelo espaço em direção à Terra, um serzinho belo, forte e perfeito do planeta vizinho, realizava o mesmo trajeto. Metro Man acabou parando em uma casa de pessoas ricas, enquanto Megamente foi criado na cadeia. Os anos se passaram, e com o tempo veio uma inimizade inexplicável entre os dois: Metro Man era o super-herói, já Megamente, o super-vilão.


Tom McGrath é o diretor da trilogia “Madagascar” (2005 / 2008 / 2012) e de duas séries de televisão. Seu trabalho aqui é o de fazer com que o roteiro excelente e super criativo de Alan J. Scholcraft e Brent Simons torne-se algo digno de tal história. Em certo ponto do filme Megamente finalmente consegue derrotar seu desafeto, sim, você, caro leito, compreendeu muito bem, contra todos os credos da indústria cinematográfica voltada para a animação, o vilão derrota o herói. Entretanto, Megamente vê todo o sentido de sua vida ir embora junto de Metro Man, para isso ele cria um super-herói, e é aí que o vilão acaba de vez com a cidade onde vive. Demonstrar os anseios das personagens e tentar fazer com que o público se emocione com os sentimentos das mesmas, é um trabalho para atores e atrizes, entretanto, nas animações, ele é destinado aos diretores e roteiristas, os desse filme excedem as expectativas.


Lorne Balfe e Hans Zimmer já trabalharam juntos outras vezes, mas o comum é Zimmer compor e Balfe editar as músicas. Balfe já trabalhou no cinema em alguns filmes como compositor, mas sua carreira compondo é sólida mesmo na televisão. Já Zimmer tornou-se uma lenda viva entre os compositores mais competentes do mercado, ao lado de John Williams e Howard Shore, nenhum pode superar o talento desse trio incrível. No filme temos a típica trilha para filmes de super-heróis, mas com um bocado de sarcasmo e ironia, e disso Zimmer entende.


Apesar de ter um início bem idiota e um pouco fraco, com direito a piadinhas extremamente desnecessárias, o filme acaba se tornando algo fantástico. A medida que o tempo passa Megamente se torna um ser humano como outro qualquer, só que bem mais inteligente, com sentimentos e dúvidas em relações aos seus desejos. As crianças verão sua frustração em conseguir derrotar seu inimigo como algo semelhante a conseguir um brinquedo que queriam muito e depois de tê-lo elas se entediam facilmente; já os adultos poderão interpretar isso como algum parceiro sexual que se deseja muito, depois de ter o que queria, brincar um pouco com ele bem como as crianças fizeram com os brinquedos, a coisa vai ficando chata e a monotonia toma conta do que outrora fora a alegria. Mas no final das contas que o filme realmente mostra é que, na vida, a existência de heróis e vilões, de ganhos e perdas, de conquistas e derrotas são essenciais para que um ser humano digno, ou não, se forme.

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