segunda-feira, 23 de julho de 2012

239. VELOZES & FURIOSOS 4, de Justin Lin


Sem grandes méritos, um dos melhores da série.
Nota: 7,2


Título Original: Fast & Furious
Direção: Justin Lin
Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Jordana Brewster, Michelle Rodriguez, John Ortiz, Laz Alonso, Gal Gadot, Jack Conley
Produção: Vin Diesel, Michael Fottrell, Neal H. Moritz
Roteiro: Chris Morgan e Gary Scott Thompson
Ano: 2009
Duração: 107 min.
Gênero: Ação

Após alguns anos, o jogo de gato e rato entre Dominic Toretto e Brian O’Conner reiniciará, mas a sede por caçar um poderoso criminoso do narcotráfico fará com que os dois “inimigos” unam suas forças e mostrem que não existe ninguém que seja mais veloz ou furioso que a dupla. Dom está enraivecido pela perda da mulher que ama, já Brian, como o suposto bom policial que é, quer fazer justiça, entretanto, nada ocorre como planejado na vida desses anti-heróis, e mais do que nunca a série começa a tomar um ritmo melhor.


Antes desse filme, o diretor Justin Lin dirigiu apenas dois filmes que merecem destaque: “Better Luck Tomorrow” (2002) e “Velozes e Furiosos – Desafio em Tóquio” (2006). Aqui ele mantém o ritmo conquistado no filme de 2006, apesar de um não comprometer em nada o outro, os dois possuem a inovação na qualidade. No quarto filme da série vemos as famosas sequências de ação provocadas pelos carros de forma mais nítida, precisa e real, apesar da fantasia recorrente. O restante do grupo técnico já está bem acostumado com filmes desse gênero. Dos roteiristas temos Gary Scott Thompson, que escreveu “O Homem sem Sombra” (2000), “Velozes e Furiosos” (2001), “+ Velozes + Furiosos” (2003), “O Homem Sem Sombra 2” (2006) e “88 Minutos” (2007) e ao seu lado está Chris Morgan, de “Celular – Um Grito de Socorro” (2004), “Velozes e Furiosos - Desafio em Tóquio” e “O Procurado” (2008). O compositor da eletrizante trilha sonora é Brian Tyler, compositor de dezenas de filmes de ação.


Apesar de simpatizar com a pessoa de Vin Diesel, não gosto de suas atuações, acho ele forçado e um pouco chato, mas devo confessar que escolher ele para viver Toretto foi algo muito inteligente. Acredito que ele e a personagem possuem várias coisas em comum, as quais eu não admiro muito, e ele parece se divertir interpretando o papel, o que faz dele natural e espontâneo, e ninguém o faria como Diesel fez. Lembro-me de Paul Walker, o Brian O’Connor do filme, em poucos trabalhos, nenhum deles que exija muita capacidade artística, aqui ele não faz muito, mas também faz por merecer o papel. Em um filme sobre carros, destinado, declaradamente, ao público masculino, não podiam faltar as gostosas da parada, são elas: Jordana Brewster, como Mia, irmã de Toretto e ex-namorada de O’Connor e Michelle Rodrigues, Letty, namorada de Torretto, nenhuma das duas faz algo excepcional, mas ambas fazem seus trabalhos como deveriam, são sexys, espertas e nada amadoras na arte da conquista.


Com um elenco nada genial, mas querido pelo público, roteiristas e compositor com experiência no gênero, apenas o diretor poderia trazer algum problema, mas ele acaba sendo uma agradável surpresa. “Velozes e Furiosos” jamais será uma franquia com muita qualidade como um todo, claro que eles possuem dinheiro o suficiente para criar cenas atrativas visualmente, mas seu conteúdo é vago e suas histórias beiram ao clichê o tempo todo. Nenhum dos filmes, portanto, pode ser visto como um exemplo de produção, a série toda significa apenas mais um modo de entreter e enriquecer a centenária Universal.


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