Uma reflexão sobre escolhas, aptidões e
desejos, um retrato maravilhoso sobre a etapa mais decisiva de nossas vidas. Simplesmente
fantástico!
Nota: 9,2
Título Original; Billy Elliot
Direção: Stephen Daldry
Elenco: Jamie Bell, Julie Walters, Jean
Haywood, Jamie Draven, Gary Lewis, Stuart Wells
Produção: Jonathan Finn, Greg Brenman
Roteiro: Lee Hall
Ano: 2000
Duração: 110 min.
Gênero: Drama / Comédia / Musical
Billy Elliot é um jovem rapaz que mora
com o pai, o irmão e a avó. Durante anos de sua vida os homens da casa o
influenciaram a lutar boxe, eis que um dia uma professora de bellet leva suas
alunas para uma aula em uma sala do ginásio onde o menino treina, a partir daí
o rapaz se apaixona pela dança e começa a estudar ballet. O problema é que
tanto o pai do rapaz quanto o irmão são totalmente contra os sonhos do jovem,
caberá, portanto, a Billy e sua professora, Mrs. Wilkinson, convencerem os dois
e correrem atrás do tempo perdido para que o garoto se torne um grande profissional.
Faço questão de dizer que acho o
trabalho de Stephen Daldry, apesar de curto, incrível em todos os sentidos,
esse é seu primeiro filme, depois deles vieram “As Horas” (2002), “O Leitor”
(2008) e “Tão Forte Tão Perto” (2011), todos indicados ao Oscar de Melhor
Filme, os de 2002 e 2008 ainda renderam o diretor a indicação de melhor direção
e os prêmios de melhor atriz para Nicole Kidman e Kate Winslet,
respectivamente. O que Daldry faz em “Billy Elliot” é algo mágico, ele extrai
todas as essências possíveis do filme e nos proporciona algo inimaginável. Cada
uma das sequências em que Billy dança são filmadas com perfeição e a inserção
de cenas que exploram o sindicalismo na Inglaterra comandada por Margareth
Thatcher é um trunfo na mão do diretor.
O roteiro é do mesmo roteirista do recente “Cavalo de Guerra” (2011), no
entanto o trabalho de Lee Hall na criação da história de Billy, é muito
superior ao chatíssimo filme de Steven Spielberg. O compositor da excelente
trilha sonora é o vencedor do Oscar por “Shakespeare Apaixonado” (1998),
Stephen Warbeck, ele não fez mais nada de ótimo em sua carreira, mas seu
trabalho nesses dois filmes são maravilhosos.
Esse foi o primeiro filme do ator Jamie
Bell, aparentemente o rapaz era a mais nova sensação do cinema inglês, no
entanto sua carreira não decolou como o esperado. Entretanto, vivendo Billy, na
época com 14 anos, ele é fantástico e merecia ao menos ser indicado ao Oscar
como melhor ator, até por que no ano de 2001 os atore indicados nem eram tão
incríveis como deveriam, enfim, Bell impressiona e emociona a cada cena nos
presenteando com uma personagem forte, decidida e que sabe o que quer e irá
atrás de seus objetivos, independente do que o restante do mundo pensa a
respeito de seus desejos. Julie Walters, indicada ao Oscar pelo papel, é a
carrancuda professora de ballet Mrs. Wilkinson, uma mulher que ganha a vida da
maneira que pode e vê em Billy o entusiasmo que precisa para não desistir de
lutar por seus alunos. Jean Heywood faz a avó de Billy, Jamie Draven o
revoltado irmão Tony e Gary Lewis o pai de Billy, Jackie Elliot, um homem que
faz o que pode pela família e a principio odeia o fato de o filho querer ser um
bailarino, mas que, com o tempo se acostuma com a ideia e apoia o menino.
“Billy Elliot” é uma grande reflexão
sobre aptidão e sobre a importância de ter pessoas nos apoiando o máximo
possível em nossas mais importantes decisões quando as tomamos. Vemos em Billy
um jovem que está, a princípio, confuso quanto aos seus desejos, mas que,
depois de algum tempo, resolve o que quer da vida e nos estimula com seu
entusiasmo com sua determinação. A avó faz a vez daquelas que apoiam quem amam
independente do que eles queiram, o pai faz o homem da família que se preocupa
com o futuro dos filhos, o irmão é o típico irmão mais velho que se preocupa
com o irmão mais novo, mas que acha que pode mandar no mesmo, e a professora é
aquela pessoa que não tem nada haver com a família, mas que acredita no
potencial de seus alunos e os estimula da melhor forma possível. O filme é um
retrato da Inglaterra na década de 1980, mas também é uma lição de vida ao
mostrar uma passagem de nossa existência que todos os seres humanos são
obrigados a enfrentar, e acredite, o filme torna essa etapa da vida algo mágico.
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