segunda-feira, 9 de julho de 2012

256. BILLY ELLIOT, de Stephen Daldry

Uma reflexão sobre escolhas, aptidões e desejos, um retrato maravilhoso sobre a etapa mais decisiva de nossas vidas. Simplesmente fantástico!
Nota: 9,2



Título Original; Billy Elliot
Direção: Stephen Daldry
Elenco: Jamie Bell, Julie Walters, Jean Haywood, Jamie Draven, Gary Lewis, Stuart Wells
Produção: Jonathan Finn, Greg Brenman
Roteiro: Lee Hall
Ano: 2000
Duração: 110 min.
Gênero: Drama / Comédia / Musical

Billy Elliot é um jovem rapaz que mora com o pai, o irmão e a avó. Durante anos de sua vida os homens da casa o influenciaram a lutar boxe, eis que um dia uma professora de bellet leva suas alunas para uma aula em uma sala do ginásio onde o menino treina, a partir daí o rapaz se apaixona pela dança e começa a estudar ballet. O problema é que tanto o pai do rapaz quanto o irmão são totalmente contra os sonhos do jovem, caberá, portanto, a Billy e sua professora, Mrs. Wilkinson, convencerem os dois e correrem atrás do tempo perdido para que o garoto se torne um grande profissional.


Faço questão de dizer que acho o trabalho de Stephen Daldry, apesar de curto, incrível em todos os sentidos, esse é seu primeiro filme, depois deles vieram “As Horas” (2002), “O Leitor” (2008) e “Tão Forte Tão Perto” (2011), todos indicados ao Oscar de Melhor Filme, os de 2002 e 2008 ainda renderam o diretor a indicação de melhor direção e os prêmios de melhor atriz para Nicole Kidman e Kate Winslet, respectivamente. O que Daldry faz em “Billy Elliot” é algo mágico, ele extrai todas as essências possíveis do filme e nos proporciona algo inimaginável. Cada uma das sequências em que Billy dança são filmadas com perfeição e a inserção de cenas que exploram o sindicalismo na Inglaterra comandada por Margareth Thatcher é um trunfo na mão do diretor.  O roteiro é do mesmo roteirista do recente “Cavalo de Guerra” (2011), no entanto o trabalho de Lee Hall na criação da história de Billy, é muito superior ao chatíssimo filme de Steven Spielberg. O compositor da excelente trilha sonora é o vencedor do Oscar por “Shakespeare Apaixonado” (1998), Stephen Warbeck, ele não fez mais nada de ótimo em sua carreira, mas seu trabalho nesses dois filmes são maravilhosos.



Esse foi o primeiro filme do ator Jamie Bell, aparentemente o rapaz era a mais nova sensação do cinema inglês, no entanto sua carreira não decolou como o esperado. Entretanto, vivendo Billy, na época com 14 anos, ele é fantástico e merecia ao menos ser indicado ao Oscar como melhor ator, até por que no ano de 2001 os atore indicados nem eram tão incríveis como deveriam, enfim, Bell impressiona e emociona a cada cena nos presenteando com uma personagem forte, decidida e que sabe o que quer e irá atrás de seus objetivos, independente do que o restante do mundo pensa a respeito de seus desejos. Julie Walters, indicada ao Oscar pelo papel, é a carrancuda professora de ballet Mrs. Wilkinson, uma mulher que ganha a vida da maneira que pode e vê em Billy o entusiasmo que precisa para não desistir de lutar por seus alunos. Jean Heywood faz a avó de Billy, Jamie Draven o revoltado irmão Tony e Gary Lewis o pai de Billy, Jackie Elliot, um homem que faz o que pode pela família e a principio odeia o fato de o filho querer ser um bailarino, mas que, com o tempo se acostuma com a ideia e apoia o menino.



“Billy Elliot” é uma grande reflexão sobre aptidão e sobre a importância de ter pessoas nos apoiando o máximo possível em nossas mais importantes decisões quando as tomamos. Vemos em Billy um jovem que está, a princípio, confuso quanto aos seus desejos, mas que, depois de algum tempo, resolve o que quer da vida e nos estimula com seu entusiasmo com sua determinação. A avó faz a vez daquelas que apoiam quem amam independente do que eles queiram, o pai faz o homem da família que se preocupa com o futuro dos filhos, o irmão é o típico irmão mais velho que se preocupa com o irmão mais novo, mas que acha que pode mandar no mesmo, e a professora é aquela pessoa que não tem nada haver com a família, mas que acredita no potencial de seus alunos e os estimula da melhor forma possível. O filme é um retrato da Inglaterra na década de 1980, mas também é uma lição de vida ao mostrar uma passagem de nossa existência que todos os seres humanos são obrigados a enfrentar, e acredite, o filme torna essa etapa da vida algo mágico.



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