De longe não é o melhor filme da dupla
Burton-Depp, muito menos resultou em tudo aquilo o que eles esperavam, mas
ninguém explora a comédia negra de forma tão divertida como eles.
Nota: 8,4
Título Original: Dark Shadows
Direção: Tim Burton
Elenco: Johnny Depp, Michelle Pfeiffer,
Helena Bonham Carter, Jackie Earle Haley, Johnny Lee Miller, Bella Heathcote,
Chloë Grace Maretz, Christopher Lee, Alice Cooper
Produção: Johnny Depp, Christi Dembrowski, David Kennedy, Graham King,
Richard D. Zanuck
Roteiro: Seth Grahame-Smith, John
August, Dan Curtis (roteiro da série para televisão)
Ano: 2012
Duração: 113 min.
Gênero: Comédia
Em 1752 os Collins deixam Liverpool e se
mudam para os Estados Unidos afim de fugir de uma maldição que assola a
família. Vinte anos depois eles se encontram na cidade de Collinsport e são a
família mais importante do local, Barnabás, o filho do casal é amado por todos
e tem a cidade aos seus pés. No entanto, quando o rapaz parte o coração da
bruxa Angelique, é transformado em um vampiro, ela mata seus pais e o enterra
para todo o sempre. Dois séculos depois, a família Collins está reduzida a
apenas quatro pessoas que vivem na mansão Collinswood, mas estão falidos e não
sabem o que fazer, já Angelique conquistou a cidade e é uma mulher poderosa e
rica. Entretanto, Barnabás Collins está de volta, e tudo na vida de cada uma
dessas pessoas mudará drasticamente.
Tim Burton iniciou sua carreira no
cinema com curtas metragens em 1971, mas foi apenas em 1988 que começou a
registrar sua marca em filmes de comedia negra com “Os Fantasmas se Divertem”,
segunda parceria entre o diretor e o compositor Danny Elfman. Dois anos depois,
Burton iniciou sua mais famosa parceria, e uma das mais rentáveis da história
do cinema, “Edwards Mãos de Tesoura” não é apenas o princípio da amizade do
diretor com o ator Johnny Depp, mas sim o filme que firmou ambos no cinema.
Contando com a adaptação da épica série sobre a família Collins, vieram mais
sete filmes: “Ed Wood” (1994); “A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça” (1999); “A
Fantástica Fábrica de Chocolate” (2005); “Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco
da Rua Fleet” (2007); “Alice no País das Maravilhas” (2010) e, finalmente,
“Sombras da Noite”. A direção de Burton, a edição do filme, o figurino e a arte
inigualáveis, são marcas típicas do diretor, aqui não é diferente, apesar de
escuro, é tudo muito lindo e detalhado, o problema, portanto, centra-se na
construção desse roteiro que não tem nada de pobre, mas é muito mal conduzido
ao ser adaptado por Seth Grahame-Smith. Outro ponto forte aqui está na trilha
sonora, mais uma vez de Danny Elfman, vemos músicas típicas e bem clichês de
cenas vampirescas de filmes clássicos, mas também temos a oportunidade de
conferir a beleza de canções muito populares da década de 1970, dentre elas
“Top of The World” e “No More Mr. Nice Guy”.
Não é novidade que Johnny Depp está
incrível em sua interpretação, apesar de me lembrar seu ótimo Jack Sparrow uma
vez ou outra, seu Barnabás é original e possui vários resquícios do vivido por Jonathan
Frid na série da década de 60. Depp, apesar de um vampiro, é vivo e nos
proporciona momentos incríveis ao demonstrar o quanto um ser que perdeu
duzentos anos de sua existência pode se impressionar com os avanços na terra.
Michelle Pfeiffer está linda e faz seu trabalho com muita competência como a
matriarca da família Collins, apesar de ambiciosa ela é uma mãe que ama sua
filha e não deixará absolutamente nada de mal acontecer com ela ou com seu
sobrinho. Aliás, esses dois, a filha e o sobrinho, vividos, respectivamente por
Chloë Grace Moretz (a Isabelle de “A Invenção de Hugo Cabret” [2011]) e Gulliver
McGrath (que fez uma pequena participação em “A Invenção de Hugo Cabret”), são
pontos fortes da trama, ela a típica menina revoltada que não sabe o que quer
da vida, ele, um garoto depressivo e problemático que perdeu a mãe e sofre pela
ausência da mesma. Helena Bonham Carter é a Dra. Hoffman, uma psicóloga que
cuida dos problemas do menino, apesar de aparecer pouco ela é ótima em sua
personagem, particularmente acho ela genial. O problema mesmo ficou em Eva
Green, ela é a bruxa Angelique, que deveria ser indestrutívelmente sexy e má,
mas a atriz não consegue extrair nem o mínimo dessa personagem ótima, Evan
Rachel Wood (da aclamada minissérie “Mildred Pierce” [2011]), indicada ao Emmy
e ao Globo de Ouro, seria perfeita no papel.
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