quinta-feira, 24 de maio de 2012

298. NO CAMINHO DOS ELEFANTES, de William Dieterle

Não existem filmes protagonizados por Elizabeth Taylor que não mereçam ser vistos.
Nota: 8,2


Título original: Elephant Walk
Direção: William Dieterle
Elenco: Elizabeth Taylor, Dana Andrews, Peter Finch, Abraham Sofaer, Abner Biberman, Noel Drayton, Rosalind Ivan, Barry Bernard
Produção: Irving Asher
Roteiro: John Lee Mahin e Robert Standish (romance)
Ano: 1954
Duração: 103 min.
Gênero: Romance / Drama

Quando a bela Ruth decidiu mudar-se para o Ceilão e viver com o homem que amava, John, ela jamais poderia imaginar o quanto a felicidade poderia ser difícil de ser encontrada. O Caminho dos Elefantes é, portanto, a fazenda de chá de John, a qual ele herdou do pai, o local recebeu esse nome, pois a casa principal da propriedade está exatamente no caminho trilhado pelos elefantes até o rio onde eles conseguem água em momentos de pouca chuva. Durante meio século os moradores e trabalhadores da ilha, hoje conhecida como Sri Lanka, protegeram o território com tochas, barulhos e a construção de um muro para manter os animais afastados, mas eles sempre estão ali por perto. Ruth vê em toda a propriedade beleza e uma exagerada paixão pelo pai de seu marido, Tom Wiley, em meio a toda a sua indignação pela presença do sogro morto, ela vê no capataz de John, Dick Carver, a única pessoa em quem ela pode confiar em toda a propriedade, é claro que Dick se apaixonará pela patroa.


Com uma fotografia maravilhosa e efeitos ótimos, William Dieterle, faz uma direção razoável, apesar de não haver nada de excepcional aqui, o filme é uma ótima forma de divertimento. O alemão foi diretor de filmes cultuados como, “A Família Emile Zola” (1937), “O Corcunda de Notre Dame” (1939), “Portrait of Jennie” (1948) e “Salome” (1953), apesar de uma carreira com inúmeros filmes e grandes intérpretes nunca obteve grandes sucessos. O também alemão, Franz Waxman, é o compositor dessa trilha sonora totalmente expressiva e bela, expressiva porque ele nos traz elementos da população local, como seus instrumentos e estilos musicais, e bela pela sua qualidade sonora e seu modo de se sobre sair em meio a grandes atuações e cenários exuberantes. Com 12 indicações ao Oscar, ele compôs para filmes como, “Rebbeca, A Mulher Inesquecível” (1940), de Alfred Hitchcock; “O Médico e o Monstro” (1941) de Victor Fleming; “Crepúsculo dos Deuse” (1950), com Gloria Swanson e William Holden e dirigido por Billy Wilder; e “Um Lugar ao Sol” (1951), com umas das duplas mais belas da história do cinema, Montgomery Clift e Elizabeth Taylor, dirigidos pelo maravilhoso George Stevens.


Dana Andrews não foi um ator de muito sucesso ou de grandes papéis e filmes, mas como Dick Carver ele não é nada mal. Um homem trabalhador que deseja, acima de tudo, uma vida feliz ao lado de alguém que ele ame. Peter Finch já é bem mais conhecido e conceituado, chegando a vencer o Oscar por sua atuação coadjuvante em “Rede de Intrigas” (1976), como John ele também não é nada mal, um homem controlado pelo pai que já morreu há anos, controlado pela memória forte, e que ainda se faz presente, de um homem amargo que visava apenas a riqueza e o poder.  Elizabeth Taylor dá vida a maravilhosa Ruth, uma bela mulher que quer ser feliz com seu marido na terra do mesmo, Taylor fez filmes maravilhosos, bons, ruins e ridículos, no entanto, em todos sempre mostrou a que veio, jamais decepcionou, e sempre foi um dos maiores destaques das produções em que se envolvia.


A cena em que os elefantes finalmente conseguem tomar sua passagem de volta e destruir o palacete em que os Wiley viveram 50 anos é umas das mais marcantes e famosas da história do cinema, sua realidade é inimaginável para a década de 1950 e seu propósito é o mais digno possível: dar à natureza o que pertence a ela e unir os corações mais apaixonados. “No Caminho dos Elefantes”, pode não ser um filme daqueles que queremos rever dezenas de vezes, mas é uma mensagem real sobre como o meio ambiente pode ser forte contra àqueles que o desafiam, como toda a natureza se volta contra o homem caso ele tente interromper ciclos naturais da vida selvagem.

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