domingo, 20 de maio de 2012

301. LOGORAMA, de François, Hervé de Crécy e Ludovic Houplain.

Uma das animações mais reflexivas e satíricas de todos os tempos. Imperdível!
Nota: 9,0


Título Original: Logorama
Direção: François, Hervé de Crécy e Ludovic Houplain
Elenco (dublagem): Bob Stephenson, Sherman Augustus, Aja Evans, Joel Michaely, Matt Winston, David Fincher, Andrew Kevin Walker, Gregory J. Pruss, Josh Eichenbaum e Jaime Ray Newman
Produção: François, Hervé de Crécy, Ludovic Houplain, Nicolas Shmerkin
Roteiro: François, Hervé de Crécy, Ludovic Houplain e Gregory J. Pruss
Ano: 2009
Duração: 15 min.
Gênero: Comédia

Pessoas viram marcas, carros viram marcas, bichos viram marcas, motocicletas viram marcas, prédios viram marcas, simplesmente tudo nesse mundo de “Logorama” é construído por marcas, não muito diferente do nosso. O enredo desse curta é típico de filmes tradicionalmente americanos: algo acontece durante o início, de repente os policiais são avisados de alguma coisa e a caçada pelo meliante inicia, em meio a isso tudo temos a garota sexy, os meia idades babando pela mesma e os adolescentes idiotas. A diferença consiste em que os policiais são o desenho do logotipo da marca Michelin, a garota é o símbolo da Esso, os meia idades são os da batata Pringle, e os adolescentes são respectivamente as marcas Haribo e Big Boy, e, para surpresa geral, o vilão aqui é o insuperável palhaço Ronald da McDonald’s.


Como se pode perceber, desde o início da trama, esse curta metragem pode ser analisado de centenas de formas, não me surpreenda que tenha sido feito por três diretores, quatro roteiristas e seja de origem francesa. Em uma de suas análises podemos concluir rapidamente, durante o rolar do filme, que se trata de uma crítica a uma globalização exagerada, que o ser humano não sabe viver sem esse monte de marcas para lhe assegurarem uma vida confortável, a maior sacada dessa análise vem com o fim do filme: o petróleo começa a afundar tudo, de forma inexplicavelmente óbvia ele se torna a água do mar e nada resta nesse muno de marcas, mas novamente somos surpreendidos, afinal, todas as estrelas, cometas, planetas e tudo o mais do universo é composto por essas marcas. Em outra análise vemos a denúncia a mesmice dos filmes hollywoodianos, tudo o que acontece em “Logorama” pode ser visto em dezenas de filmes, seja aqueles policiais em que os atrasados tiras americanos perseguem os bandidos, seja nas ficções de catástrofes naturais ou nos romances nada originais que somos obrigados a ver dia após dia.


Durante o filme, tente contar quantas marcas diferentes consegue ver, é simplesmente impossível, por dois motivos: o primeiro é óbvio, não há como, são muitas, já o segundo consiste no fato de o filme ser tão deliciosamente humorístico e sarcástico que não nos importamos em contar as marcas, apenas em reconhecê-las e rir dos papeis os quais elas representam aqui, por exemplo, Ronald como um assassino. É claro que cada uma dessas representações nos remete a algum motivo claro e bem real de nossas vidas, o que se faz nesse curta é apenas uma tradução de como o mundo está nos dias de hoje. Só para constar, passam de 3 mil, segundo o produtor. Uma tradução livre, com total liberdade de expressão e sem esconder absolutamente nada de qualquer um que desejar assistir essa obra. Extremamente genial!



Para que quiser conferir o filme, acesse: http://www.youtube.com/watch?v=GUYVx8e-AeQ

ACESSE NOSSA PÁGINA NO YOUTUBE:
 http://www.youtube.com/user/projeto399filmes

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