Meryl Streep sendo disputada por Alec
Baldwin e Steve Martin em uma comédia nada clichê? Bette Davis, sem dúvida
alguma, revirou-se bastante em seu túmulo.
Nota: 8,3
Título Original: It’s Complicated
Direção e Roteiro: Nancymeyers
Elenco: Meryl Streep, Alec Baldwin, Steve Martin, John Krasinski, Lake
Bell, Hunter Parrish, Rita Wilson, Mary Kay Place, Alexandra Wentworth, Zoe
Kazan
Produção: Nancy Meyers e Scott Rudin
Ano: 2009
Duração:
Gênero: Comédia
Jane e Jake são separados há dez anos,
ao mesmo tempo em que Jane faz planos para reformar sua casa e conhece o
arquiteto Adam, ela vai à formatura do filho e revê o marido, em meio a muitas
bebidas, comida e dança, o ex-casal Adler dorme junto e começa a ter um caso
extra-conjugal (Jake está casado com sua antiga amante, o pivô da separação
dele e de Jane). Jane se vê, então, entre Jake e Adam, dois homens completamente
diferentes que mexem com seus sentimentos.
Meyers não era nenhuma principiante
quando dirigiu esse filme, antes dele vieram: “Operação Cupido” (1998), uma
comédia bem chata de sessão da tarde, destinada a crianças; “Do que as Mulheres
Gostam” (2000), romance de tela quente destinado a adultos com Helen Hunt e Mel
Gibson; “Álguem Tem Que Ceder” (2003), finalmente um filme feito para cinema
para o público adulto e de meia idade se divertir e ter esperanças amorosas, no
elenco as feras Diane Keaton e Jake Nicholson; “O Amor Não Tira Férias” (2006),
comédia romântica popular que conquistou o público adulto e jovem, com um elenco
bem conhecido, Kate Winslet, Cameron Diaz, Jude Law e Jack Black, uma comédia
deliciosa. Sim, a diretora fez poucos filmes, mas todos são comédias românticas
de qualidade que não se perdem em mostrar a garota inteligente apaixonada pelo
capitão do time de rugby da escola que serão separados pela líder de torcida,
mas acabarão juntos no final do filme. Muito pelo contrário, aqui os problemas
são as próprias dúvidas e anseios dos protagonistas, problemas reais, nada de
contos de fadas, em “Simplesmente Complicado” Jane não sabe o que ela realmente
quer, Jake nunca foi capaz de se satisfazer com sua vida e Adam ainda não se
recuperou de seu divórcio ocorrido há dois anos. Aqui tudo acaba bem, o que não
significa que a princesa adormecida encontra seu príncipe, pelo simples motivo
de que aqui eles não existem, são ser humanos reais tentando ter uma vida real,
o que deixa o filme muito mais saboroso.
Steve Martin é um dos comediantes mais
conceituados entre o público que gosta do gênero mais engraçado. Já alguns
críticos e intelectuais vêem seu trabalho como algo um tanto exagerado, mas são
todos unânimes: ele é engraçado. Como Adam ele é inesperado, digo isso porque
não vemos esse Steve com piadas chatas, ele é um homem que está sofrendo, mas
que quer seguir a vida e vê em Jane uma pessoa com quem dividir seus bons
momentos. Alec Baldwin já teve seus momentos complicados, mas jamais decepcionou
na série “30 Rock”, aqui ele é um Jack insuportavelmente pretensioso e que acha
que pode ter tudo o que deseja, Baldwin parece dar o seu máximo em interpretar
o tipo masculino machista e arrogante, e o faz com qualidade. Mas o que
interessa no filme não são as interpretações de Martin ou Baldwin, e se você está
pensando que direi que é a atuação de Meryl Streep está enganado. O que
interessa é a química que esses dois atores tem com a protagonista, vivida por
Streep. É claro que a dama do drama está fantástica nesse papel, é uma Jane
bela, de bem com a vida, mas que está com seus sentimentos todos embolados sem
saber para que lado ir. Essa química consiste em que em todos os momentos os
olhares de Streep com Martin ou de Streep com Baldwin são sinceros e esse
triângulo amoroso se torna algo surpreendente.
Vemos dezenas de filmes, até centenas
deles, que são destinados ao público jovem (inevitavelmente, meninas que sonham
com o príncipe encantado) em que temos a mesma história chata e sem
originalidade, onde garotas entre 14 a 25 anos, que ainda frequentam a escola
ou a faculdade, pensam saber o que é o amor. Ver, portanto, o amor e confusões
sentimentais de pessoas mais velhas, que já passaram por diversos problemas na
vida e estão aptas a falar sobre o que é o amor, o que é amar e o que é sofrer
por tudo isso é maravilhoso. Esse filme possui um enredo nada complicado sobre
mulheres e homens na meia idade, mas na verdade é uma história sobre todos os
sentimentos acerca dos seres humanos, e somente uma coisa os define, seja entre
crianças, adultos ou velhos: simplesmente complicados.
Aproveitando o fato de "Simplesmente Complicado" ser distribuído pela Universal resolvi postar uma foto muito interessante que encontrei sobre a evolução do logo da produtora:
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