Merecidamente uma marca no gênero
musical e um dos filmes mais adorados de todos os tempos.
Nota: 9,3
Título Orginal: The Sound of Music
Direção: Robert Wise
Elenco: Julie Andrews, Christopher Plummer, Peggy Wood, Charmian Carr,
Nicholas Hammond, Heather Menzies, Duane Chase, Angela Cartwright, Debbie
Turner, Kym Karath
Produção: Robert Wise, Saul Chaplin, Peter Levathes e Richard D. Zanuck
Roteiro: Ernest Lehman, Howard Lindsey, Russel Crouse e Maria von Trapp
(romance)
Ano: 1965
Duração: 179min.
Gênero: Drama / Musical
Maria, uma noviça nada convencional que
vive cantando e dançando, é enviada à casa do Capitão Von Trapp para cuidar de
seus filhos. De início não é bem recebida e logo percebe o quanto Trapp é distante
das crianças, mas com muito amor e amizade Maria irá conquistar cada uma das
crianças e, obviamente, o pai delas. Um dos filmes mais adorados de todos os
tempos, “A Noviça Rebelde” foi um marco no gênero musical dos cinemas, a cena
em que Maria ensina as crianças a cantar é uma das mais memoráveis de todos os
tempos e a música “Do, Re, Mi” umas das mais cantadas daquelas vindas do
cinema.
A direção fica a cargo do mestre vencedor
de quatro Oscar’s (dois de melhor filme e dois de melhor direção), Robert Wise.
Ele é também o responsável por outro marco no cinema musical, “Amor, Sublime
Amor” (1961) é uma história bem mais triste e bem menos leve que “A Noviça
Rebelde”, talvez por se tratar de uma espécie de adaptação do romance “Romeu e
Julieta”, de William Shakeaspeare. Com fotografia, edição, som e trilha sonora
exuberantes, o filme é extremamente bem feito e muito belo de ser visto. As
tomadas de Wise são sempre muito abrangentes e ele aproveita todo o espaço que
tem para nos deliciar com cenas incríveis. É bom fazer uma ressalva quanto ao
roteiro amenizador que nos é apresentado aqui: a história é sempre muito linda
e feliz, ninguém tenta ficar separando o casal protagonista e os filhos dele
amam-na como uma mãe, o problema está exatamente em tanta felicidade, afinal
eles estão em plena Segunda Guerra Mundial e são poucos os momentos que os
vemos desesperados e com medo do futuro como era comum na época.
Com um casal tão talentoso como Julie
Andrews e Christopher Plummer liderando o elenco nada poderia dar errado. Ela
foi indicada ao prêmio da Academia por sua atuação maravilhosamente composta, é
viva, alegre e nos passa toda uma energia de alguém que ama a vida, além é
claro de sua voz ser uma das mais marcantes do cinema. Ele é um típico Capitão,
sempre sério e muito carrancudo, mas que acaba por se mostrar um bom homem
quando tem alguém que ama por perto, apesar de sua voz não ser tão marcante
quanto de Andrews, Plummer possuí uma voz macia e muito agradável. Do restante
temos as ótimas irmãs que vivem no convento em que Maria estava, com destaque
para Peggy Wood, que vive Madre Abbess. As crianças são vividas por: Charmian
Carr (Liesl Von Trapp), Nicholas Hammond (Friedrich), Heather Menzies (Louisa),
Duane Chase (Kurt), Angela Cartwright (Brigitta), Debbie Turner (Marta) e Kym
Karath (Gretl).
A história é uma adaptação da vida da
família de cantores Von Trapp, eles viviam na Áustria, mas quando ela foi
ocupada pelos nazistas foram forçados a deixá-la por questões políticas. Apesar
de o casal protagonista não ser absolutamente nem um pouco parecido com o casal
real a adaptação é muito marcante e muitos dizem que ela é bem realista quanto
as relações entre todos no filme, como já disse, o filme apenas peca mesmo ao
amenizar os atos nazistas e não transparecer o medo e a angústia
característicos da época. Mas quem se importa com a realidade em um filme tão
bem realizado e criado para divertir e mostrar que, apesar de tudo o que
aconteça no mundo, a família, o amor e a amizade são para toda a vida, e são elas
que nos mantêm vivos e unidos, não importa o restante.
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