quinta-feira, 3 de maio de 2012

319. OS INCRÍVEIS, de Brad Bird


Animação faz homenagem ao cinema do gênero e aos valores familiares.
Nota: 9,1



Título Original: The Incribles
Direção e Roteiro: Brad Bird
Elenco (dublagem): Craig T. Nelson, Holly Hunter, Samuel L. Jackson, Janson Lee, Elie Fucile, Maeve Andrews, Dominique Louis
Produção: John Walker, John Lasseter
Ano: 2004
Duração: 115 min.
Gênero: Animação

Bob e Helen se conheceram como os adorados super-heróis Senhor Incrível e Mulher Elástico, eis que um problemático suicida é salvo por ele e o denuncia, logo todos os super-heróis são obrigados a se esconder. Anos depois Bob e Helen estão no anonimato, vivendo com seus filhos, que também possuem super-poderes, escondendo suas identidades. Quando Bob é convidado por um anônimo a voltar a agir ele esconde tudo de sua família, mas por motivos óbvios Bob precisará de ajuda e todos irão ao seu encontro.


Na crítica sobre “Ratatouille” (2007), falei sobre a genialidade de Bird em seus dois únicos bons trabalhos, ambos animações, claro que “Os Incríveis” é um deles. Esse foi seu primeiro trabalho de sucesso no cinema, e também não é para menos: no Oscar foram 4 indicações, venceu duas; no Annie Awards (Oscar da animação), 16 indicações, levou 10 prêmios; um BAFTA e várias premiações de críticos, incluindo a de Nova York; em sites como o IMDB (maior site de informações de entretenimento do mundo) sua nota é 8.0 (excelente nota comparada a outros filmes) e no Rotten Tomatoes (o maior site de críticas) emplacou 97% de aprovação. Quando assistimos a um longa metragem normal esperamos por ótima fotografia, edição, bela imagem e, o que mais nos move para o cinema, excelentes atuações, no entanto sempre que assistimos a uma animação ansiamos por suas cores, qualidade de imagem, roteiro e trilha sonora, esses quatro requisitos aqui merecem nota dez, os uniformes dos heróis e a ilha onde ocorre a maior parte da história nos trazem as qualidades de cor e imagem, a originalidade do roteiro ao fazer uma homenagem ao gênero é linda e o compositor, mestre da animação, Michael Giacchino faz por merecer todos os elogios a cerca de seu nome. Destaque, entre as personagens, para a belíssima homenagem feita a maior figurinista da história do cinema, Edith Head, aqui no filme ela é a própria Edna Mode, a “estilista” preferida dos heróis, a Edith da vida real venceu 8 Oscar (indicada por 35 figurinos) e trabalhou em inúmeros filmes importantes para a construção do cinema, era a preferida do diretor Alfred Hitchcock.


Animações acabam por ser divertidas para qualquer tipo de pessoa, não importa a idade ou o sexo, esse é bem mais que isso. Reflete sobre a família e sua união perante os desafios da vida e mostra a todos que sempre devemos estar preparados para o pior e para auxiliar todos aqueles que precisam, afinal pai e mãe só temos um de cada, irmão são aqueles que nos foram dados e não adianta reclamar, por que ninguém no mundo substitui os nossos verdadeiros semelhantes.


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