domingo, 6 de maio de 2012

314. A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATE, de Tim Burton

Um filme que fala sobre mudanças e generosidade de forma divertida e espirituosa.
Nota: 8,4


Título Original: Charlie and the Chocolate Factory
Direção: Tim Burton
Elenco: Johnny Depp, Freddie Highmore, Helena Bonham Carter, David Kelly, Noah Taylor, Deep Roy, Annasophia Robb, Julia Winter, Joardan Fry, Philip Wiegratz
Produção: Brad Grey, Richard D. Zanuck
Roteiro: John August e Roald Dahl (romance)
Ano: 2005
Duração: 115 min.
Gênero: Fantasia / Comédia

Por algum motivo desconhecido Willy Wonka demetiu todos os seus funcionários de sua fábrica de chocolates, mas, misteriosamente, ela continuou funcionando a todo vapor. Agora o empresário propôs ao mundo que quem achar os cinco cartões dourados escondidos em cinco barras de seus chocolates, terá o direito de conhecer a fábrica por dentro, com um acompanhante. No mundo todo milhares de pessoas compram enlouquecidamente os chocolates Wonka, Charlie, no entanto, não tem dinheiro para tal regalia, eis que ele encontra o último cartão e tem a chance ir à fábrica. Agora os cinco escolhidos, todos com personalidades totalmente distintas, irão conhecer o excêntrico Willy Wonka e passarão por testes de aprovação para ver quem ganhará uma grande surpresa no final dessa visita inesquecível pelas entranhas da Fabrica de chocolates Wonka.


Na realidade só existe um gênero em que esse filme se encaixa: gênero “Tim Burton”. Um dos diretores mais conceituados da modernidade, ele é famosos por ser um homem excêntrico e nunca decepcionar em seus filmes, ainda mais quando o filme conta com a presença de Johnny Depp. Como já mencionei em críticas anteriores eis seus filmes juntos: “Edward Mãos de Tesoura” (1990); “Ed Wood” (1994); “A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça” (1999); “A Fantástica Fábrica de Chocolate” (2005); “Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet” (2007); “Alice no País das Maravilhas” (2010) e “Sombras da Noite” (que estréia esse semana). Aqui Burton muda totalmente o que se viu em 1971 no filme homônimo com Gene Wilder, Wonka é bem mais estranho, as crianças mais insuportáveis e a fábrica muito mais mágica do que se poderia esperar. As cores são, a cada tomada, mais lindas e chamativas, as edições de som e de imagem são perfeitas, o figurino “Revolução Industrial” é ótimo, e a trilha faz jus a fama de Danny Elfman, outro homem muito excêntrico, mas muito talentoso, ele e Burton também já fizeram vários filmes juntos.


Highmore, na época, era o menino prodígio do cinema, como acaba acontecendo com todos os prodígios (como Drew Berrymore e Dakota Fanning), ele não tem feito mais filmes de tanta qualidade, aqui ele é o menino Charlie, um pobre, mas gentil e generoso rapaz, o ator não precisa fazer muita coisa tendo Depp como colega de cena, mas não é nada ruim no papel. Helena Bonham Carter, esposa de Burton, é a mãe de Charlie, apesar de não aparecer muito ela faz a típica mãe: preocupada com o filho, deseja que ele seja feliz e encontre um bom caminho para seguir a vida. Willy Wonka é vivido, portanto, pelo sempre ótimo Johnny Depp, um ator que dispensa apresentações, é excelente como Willy e consegue dar vida à sua personagem como ninguém mais teria feito, arrisco dizer que esse papel foi feito exclusivamente para ele, ver as várias faces de Wonka em Depp (empresário, filho, amigo, bom moço, interesseiro) é como se o ator já tivesse tido essas experiências em sua própria vida e estivesse passando-as para a personagem.


Divertido, engraçado, espirituoso, reflexivo, historicamente importante é um filme que merece ser visto por vários motivos: conta uma bela história de amizade e conquistas pela generosidade e nos relata como era a Inglaterra na era Segunda Revolução Industrial e suas consequências para toda a população. Apesar de um roteiro um pouco fraco, e poucas atuações que merecem destaque, é um filme bem feito, criativo e muito bonito.

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