Comédia romântica sem nada de novidade.
Nota: 7,8
Título Original: The Proposol
Direção: Anne Fletcher
Elenco: Sandra Bullock, Ryan Reynolds, Mary Steenburgen, Craig T.
Nelson, Betty White, Denis O’Hara, Malin Akerman, Oscar Nuñez
Produção: Sandra Bullock, David Hoberman,
Todd Liberman
Roteiro: Pete Chiareli
Ano: 2009
Duração: 108 min.
Gênero: Comédia Romântica
Andrew Paxton sonha em ser editor de uma
importante publicadora de livros de Nova York, mas para realizar tal sonho
precisa trabalhar para a odiável Margaret Tate. Eis que a megera é canadense,
está com o visto vencido e terá de deixar o país e a vida que tanto ama. Para
que isso não ocorra, ela inventa, em um súbito momento de desespero, que está
noiva de Andrew. Agora, tanto ela quanto ele, terão de aprender a conviver
juntos para que nenhum fique desempregado. Já dizem os pessimistas “nada está
tão ruim que não possa piorar”, pois é: Andrew e Margaret irão passar o
aniversário da avó dele na casa dos pais e os dois terão de contar sobre o
casamento.
Com duas boas comédias românticas no
currículo, “Vestida para Casar” (2008) e “Ela dança, eu danço” (2006), Fletcher
não foge desse gênero. A diferença consiste em um filme mais bem feito e com um
elenco de apoio humilhante para seus demais filmes. Apesar das belas imagens
nada aqui chama a atenção realmente, não há um trilha sonora diferenciada (a
propósito, ela foi feita por um compositor que basicamente só trabalhou com
esse estilo comédia romântica, Aaron Zigman, e não obteve sucesso com nenhum
deles), a edição e o som não são nada de novidade e o roteiro é bem enrolado e
não nos propicia nada de original. O filme é, portanto uma mistura de tudo o
que já foi visto, só que bem menos bem feito, apesar de divertido.
O chatíssimo Ryan Reynolds vive Andrew,
um rapaz com sérios problemas que vive em Nova York como assistente de uma mulher mais pirada ainda, enquanto seus pais vivem luxuosamente no Alasca, o
fato é que o rapaz não quer assumir os negócios da família, e o pai despreza
seus sonhos profissionais. A não tão incompetente Sandra Bullock é uma Margaret
decepcionante, ao iniciar o filme esperamos por uma mulher rígida e esmagadora,
mas ao desenrolar do filme ela se torna agradável e digna de pena, é, portanto,
uma imitação de Meryl Streep em “O Diabo Veste Prada” (2006), mas com qualidade
extremamente inferior. Quem realmente toma todo o espaço possível são os pais
de Andrew, vividos pelos ótimos comediantes Mary Steenburgen e Craig T. Nelson
e uma das atrizes mais queridas dos americanos, a inigualável Betty White, que
interpreta a vovó Annie Paxton.
Misturar tantos clichês em uma comédia
só não poderia dar muito certo. O filme é engraçado e divertido, mas está longe
de ser uma das comédias do ano, mais longe ainda de nos trazer algum benefício.
Portanto assisti-lo é algo desnecessário para a vida, mas é uma boa opção para
um dia em que se resolve rir das trapalhadas de um casal nada normal e muito
convencional para as comédias americanas.
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