quarta-feira, 16 de maio de 2012

303. SETE DIAS COM MARILYN, de Simon Curtis

Uma homenagem que tem como pretensão humanizar o furacão Marilyn Monroe
Nota: 8,7


Título Original: My Week With Marilyn
Direção: Simom Curtis
Elenco: Michelle Willims, Kenneth Branagh, Eddie Redmayne, Judi Dench, Emma Watson, Julia Ormand, Dominic Cooper, Zoë Wanamaker
Produção: David Parfitt, Boc Weinstein, Hervey Wenstein
Roteiro: Adrian Hodges e Colin Clark (romance)
Ano: 2011
Duração: 99 min.
Gênero: Biografia / Drama

Marilyn Monroe e uma das primeiras fotos
             divulgadas da caracterização de  Michelle Willims.
Norma Jeane Mortenson nasceu no primeiro dia de junho do ano 1926, depois de muitos problemas em sua juventude, foi descoberta por um fotografo e a partir daí surgiu Marylin Monroe (Marylin era o nome mais chic da época e Monroe o nome de solteira da avó). O início de sua carreira foi bem normal, papéis pequenos em filmes pequenos e depois papeis bem pequenos em filmes enormes. No entanto, sua beleza, sensualidade e carisma, aliados a sua aparente inocência e meiguice, deram à Marilyn mais que pequenos trabalhos: em 1953 trabalhou ao lado de Henry Hathaway em “Torrente de Paixão”, o que lhe rendeu a divisão da telona com Jane Russel no inesquecível “Os Homens Preferem as Loiras” (1953). Daí por diante vieram “Como Agarrar um Milionário” (1953), “O Rio das Almas Perdidas” (1954), “O Mundo da Fantasia” (1954), “O Pecado Mora ao Lado” (1955), “Nunca Fui Santa” (1956), “O Príncipe Encantado” (1957), “Quanto mais Quente Melhor” (1959), “Adorável Pecadora” (1960) e “Os Desajustados” (1961). 1959 foi provavelmente sua melhor escolha, o filme se tornou a maior comédia da história e lhe rendeu dezenas de elogios e um Globo de Ouro. Na tentativa de se livrar da fama de furacão loiro, Marilyn acabou se decepcionando com seus três casamentos e manteve relações com vários outros homens e mulheres. Dentre eles John F. Kennedy, em um dos momentos mais célebres da história popular mundial, a loira cantou “Happy Birthday” para o presidente de forma sensual e magnífica. Em 5 de agosto de 1962, 3 meses após o aniversário de Kennedy, Marilyn Monroe foi encontrada morta em seu apartamento, ela tinha apenas 36 anos.



No filme o que se relata acorreu durante o processo de gravação do filme “O Príncipe Encantado”. Narrado pelo jovem sonhador Colin Clark, veremos a difícil relação entre a atriz e o diretor do filme, Laurence Olivier; a amizade entre Marilyn e Paula Strasberg; os temores de Vivien Leigh ao ver a jovem, bela e descontrolada Monroe no papel que ela interpretou no teatro; o companheirismo da veterana Dame Sybil Thorndick, que sempre defendeu a iniciante; o estranho relacionamento com seu agente Milton Greene, o qual sempre foi apaixonado pela estrela; seu casamento com Arthur Miller e seus sete dias com Clark. Mas, especialmente, veremos a forma como Marilyn via a vida e levava cada um de seus dias, como não era fácil conviver com ela e como ela tentava a todo custo ser perfeita, reza a lenda que colavam as falas da atriz em gavetas que ela abriria durante o filme, logo, podemos concluir como Marilyn Monroe não tinha facilidade para decorar falas ou entrar na personagem.



A equipe diretor e roteirista do filme é formada por dois homens que, basicamente, trabalharam na televisão até hoje. Responsáveis por séries, miniséries e filmes para TV é claro seu amadorismo, “Sete dias com Marilyn” acaba sendo, portanto, mais um filme para televisão do que para cinema, apesar de bem conduzido e de não ser fraco para a telona, seria bem mais aceito se seu destino fosse a televisão. A adaptação do roteiro é um pouco chata, mas todo um conjunto técnico e de atores ótimos faz do filme algo excelente, mas não é uma digna homenagem à essa estrela magnífica que foi Marilyn Monroe. Simon Curtis é o responsável pela trilha sonora maravilhosa do filme, falar sobre sua carreira demoraria horas: de seus mais de 100 trabalhos no departamento de música eu citaria no mínimo uns 50 como sendo marcos dos últimos anos do cinema. Como compositor ele não é nenhuma perfeição, apesar de fazer seu trabalho direito, é simples demais e acaba sendo ofuscado pelo restante do filme.



Michelle Willians, com quem simpatizo demais, não é uma Marilyn Monroe encarnada, apesar de em algumas cenas estar perfeitas, ela é sem sal e não captura toda a sensualidade da diva. Acredito que isso se deva, em parte, a um roteiro humanizador que traz Monroe como uma mulher como outra qualquer que procura afeição e dedicação, ao invés de toda essa badalação que a acompanha aonde vá. Williams, portanto, satisfaz em sua interpretação, mas seus momentos mais fantásticos podem parecer mais uma imitação que uma atuação, apesar disso tudo, sua forma de falar e caminhar durante toda a trama é perfeitamente idêntica a de Marylin. Quando assistimos a filmes biográficos uma das melhores opções para antes ou depois do filme é corrermos para o “youtube” e procurarmos vídeos de nossas personagens, portanto, meu conselho é óbvio e bem útil: procure pelo maior número de artistas que aparecem no filme e confira se os atores foram bons ou não, dessa forma, formará uma opinião bem mais construtiva.


Marilyn Monroe representou gerações de beleza e perfeição, ainda hoje é vista como uma das pessoas mais populares, belas e sexys da história da humanidade. Aqui ela é representada como uma mulher carente de amor verdadeiro e que não sabe lidar com todos os problemas advindos de sua fama repentina, vemos uma mulher bela e talentosa, mas que jamais poderá ser entendida pela sociedade, por que era isso que fazia Marilyn ser tão perfeita: era diferente, imprevisível e maravilhosa.



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