O melhor enredo dos filmes sobre
Hannibal Lecter, com o melhor elenco de todos, mas, nem por isso, o melhor filme.
Nota: 9,0
Título Original: Red Dragon
Direção: Brett Ratner
Elenco: Edward Norton, Anthony Hopikins, Ralph Fiennes, Emily Watson,
Mary-Louise Parker, Philip Seymour Hoffman, Harvey Keitel, Althony Heald
Produção: Dino de Laurentiis e Martha de
Laurenthiis
Roteiro: Ted Telly e Thomas Harris
(romance)
Ano: 2002
Duração:
Gênero: Drama / Thriller
Aviso: antes de ler qualquer comentário
sobre esse filme, acho bom esclarecer as ordens em que os longas sobre Hannibal
Lecter foram lançados e a ordem cronológica:
Em ordem de lançamento: “O Silêncio dos
Inocentes” (1991), “Hannibal” (2001), “Dragão Vermelho” (2004) e “Hannibal – A
Origem do Mal” (2007).
Em ordem cronológica: “Hannibal – A
Origem do Mal”, “Dragão Vermelho”, “O Silêncio dos Inocentes” e “Hannibal”.
A ordem respeitada no blog será a cronológica.
Hannibal Lecter assassina o flautista de
uma orquestra e o serve em um jantar para os diretores da mesma, o motivo: o
músico era péssimo. Por esse e outros assassinatos, na mesma noite, o agente
Will Graham, que estava tendo ajuda de Lecter no caso, consegue prendê-lo. Oito
anos após a prisão, Graham está aposentado por mérito e Hannibal permanece em
um sanatório de segurança máxima. Entretanto, outro assassino já matou duas
famílias, para facilitar as coisas, Jack Crawford, ex-chefe de Graham, o chama
para ajudar a desvendar o caso. O fato é que, será impossível fazê-lo sem uma
ajudinha básica de Hannibal, o Canibal.
A história na qual se baseia esse filme
foi escrita por Thomas Harris, e, cronologicamente, esse seria o segundo filme
dos quatro sobre a vida e os crimes envolvendo Hannibal Lecter. Antes desse
temos “Hannibal – A Origem do Mal” (2007), depois, ainda cronologicamente, “O
Silêncio dos Inocentes” (1991) e “Hannibal” (2001). Por esse filme ter sido
rotado após os de 1991 e 2001, obviamente, vemos algumas referências aqui ou
outras ali do que foi dito ou do que ocorreria nos próximos filmes, mas mais
que isso, entendemos um pouco mais algumas coisas a respeito da vida de
Hannibal. A primeira cena do filme não é nada menos que memorável para os
adoradores da “série”, durante as conversas entre Graham e Hannibal, podemos
analisar o quanto o personagem de Hopkins é frio, sem sentimentos ou reações ao
que acontece a sua volta, além disso, é um maluco notório, mas um maluco
racional que conhece muito da vida e tem muito para passar para o jovem homem
que está investigando o caso. Curiosamente, ainda vale a pena falar sobre o
novo assassino do filme, Francis Dolarhyde tem problemas, o que verificamos
logo em sua primeira aparição, por seu passado triste e doloroso, ainda por
cima, sente que essa imagem desse tal “Dragão Vermelho” o domina, obrigando-o a
fazer todas as suas vontades.
Anthony Hopkins já estava bem
familiarizado com Lecter em seu último filme na série, apesar de essa ser a
primeira história cronológica com o ator como protagonista. Bem como disse nas
críticas da franquia “Piratas do Caribe”, Hopkins, assim como Johnny Depp,
prova o quanto é um ator completo e maravilhoso: ele pode passar quanto tempo
for longe de Lecter, pode filmar várias outras coisas e, mesmo com esse vai e
vem da história, permanece o mesmo Hannibal frio e realista, mas também um
homem utópico com suas manias estranhas e seus desejos mais estranhos ainda.
Edward Norton, o melhor ator americano de sua geração, é o agente Will Graham,
um homem destemido e apaixonado pelo que faz, mas, ao mesmo tempo, tão racional
e realista quanto Hannibal, suas feições em frente aos colegas de quem não se
importa muito com o que está acontecendo são contrastadas pelas feições de
quando está preocupado ou com medo. As cenas protagonizadas por Norton e
Hopkins são as melhores de todos os filmes e a química entre eles parece bem
melhor do que a que acontece entre Hopkins e as atrizes dos outros dois filmes.
Ralph Fiennes é o assassino da vez, Francis Dolarhyde, sendo o ator, ao lado de
Daniel Day Lewis, o melhor ator inglês de sua geração, é de se esperar que a
personagem seja construída de forma perfeita, e é bem isso que o ator consegue:
em todos os momentos, suas reações, os olhos arregalados e nenhuma expressão
nos mostram o quanto ele tem medo daquilo que se tornou e mais, nos mostram como
ele está tomado pelo ódio e pelo poder do Dragão Vermelho. Além deles, as ótimas
Emily Watson e Maty-Louise Parker e os excelentes Philip Seymour Hoffman,
Anthony Heald e Harvey Keitel integram o elenco como, Reba McClane (única
paixão de Francis), Molly Graham (esposa de Will), Freddy Loudns (um jornalista
intrometido), Dr. Frederick Chilton (o dono do sanatório onde Hannibal está
internado) e Jack Crowford (chefe de Will no FBI), respectivamente.
Percebemos, como disse, o quanto Francis
é louco por seu passado – inclusive, não podemos esquecer que Hannibal também é
um homem louco que inventa, em alguns momentos seu próprio mundo -, todavia,
apesar de ter escrito um diário onde conta tudo o que aconteceu em sua vida,
não temos certeza se tudo aquilo é verdade ou não, digo, não sei como isso é
apresentado no livro de Thomas Harris, mas aqui temos apenas uma certeza:
Francis é louco, logo, tudo pode ter ficado em seu imaginário desde quando era
criança. Em contra ponto, durante o filme nos é apresentada a forma como o
menino foi tratado pela avó, uma mulher que não parecia muito feliz e
interessada em cuidar dele, o que aconteceu com seus pais para ele ficar com a
avó – que também parecia ter problemas psicológicos – também não sabemos. Como
de praxe, portanto, esse é mais um filme relacionado a Hannibal Lecter sobre o
qual não entendemos muitas coisas, mas é o melhor enredo de todos e o que reúne
o melhor elenco entre os quatro longas sobre o canibal.
ACESSE NOSSA PÁGINA NO YOUTUBE:
E CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK:
Nenhum comentário:
Postar um comentário