quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

144. A SAGA CREPÚSCULO: AMANHECER – PARTE 1, de Bill Condon


Se o inicio do fim do mundo iniciar com alguma beleza, não se iludam, tudo vai pior.
Nota: 6,2


Título Original: The Twilinght Saga: Breaking Dawn – Part 1
Direção: Bill Condon
Elenco: Kristen Stewart, Robert Patinson, Taylor Lautner, Peter Facinelli, Elizabeth Reaser, Ashley Greene, Jackson Rathbone, Kellan Lutz, Nikki Reed, Billy Burke, Mackenzie Foy, Michael Sheen, Dakota Fanning, Jamie Campbell Bower, Christopher Heyerdahl, Cameron Bright
Produção: Stephenie Meyer, Wyck Godfrey e Karen Rosenfelt
Roteiro: Melissa Rosenberg e Stephenie Meyer (romance)
Ano: 2011
Duração:
Gênero: Fantasia / Romance

Bella e Edward preparam-se para o tão esperado casamento, esperado unicamente pelo fato de que é posterior a essa realização que está planejada a transformação de Bella em vampira. Logo após a cerimônia, ela e seu esposo perfeito rumam para o Brasil onde passam sua lua de mel, e, incrível e inesperadamente, Bella engravida. Agora, os lobisomens decidem que é mais plausível matar Bella e o bebê, mas Jacob está determinado a não permitir isso, e uma guerra entre lobos e vampiros começará.


Resumir esse filme seria mais simples dizendo que meia hora dele é destinada ao tal casamento (tudo muito bonito, tudo muito bem feito e uma cerimônia dos sonhos com direito a vestido By Carolina Herrera); depois mais meia hora em que Bella e Edward passam sua lua de mel no Brasil e ela descobre que está grávida, simultaneamente, Jacob deseja ter um imprinting por alguém para esquecer Bella; a outra uma hora de filme é destinada a vermos Jacob e mais dois amigos tentando convencer o restante dos lobos a deixar Bella e a criança em paz e em na estranha gravidez de Bella – a criança cresce de forma descontrolada e Bella sofre como jamais ninguém sofreu antes, o desfecho é o mais óbvio: Bella é transformada. Já me reservo ao direito de deixar de falar sobre os problemas do enredo da trama, mas é impossível deixar de apontar o absurdo que é ver Bella sofrendo como uma doente terminal no momento que deveria ser o mais feliz possível para toda mulher, como homem, apenas posso imaginar o quanto as mulheres que são mães devem ter achado isso tudo uma loucura desnecessária. Em contraponto a isso, temos as primeiras cenas de sexo do casal e parece que o filme toma, em poucos momentos, um ar mais maduro e sério, o que faz com que os fãs que crescem paralelamente à série sejam acompanhados pela série e continuem se identificando com a trama. O problema fica acerca da aparente forma amadora com a qual todos os efeitos e interpretações são tratados, não restando uma cena se quer em que vemos a real aplicação do dinheiro gasto com essa produção na busca de qualidade e perfeição artística.


Como já apontei, simpatizo com o casal de atores que forma os protagonistas da série, mas isso não significa, em hipótese alguma, que eles são talentosos. Stewart já trabalhou com nomes importantes e com os quais ela poderia ter aprendido muito, é difícil compreender porque, ao interpretar Bella, ela se torna tão decepcionante, acredito que a interpretação dela, como de todo o restante do filme, deixou Bella desvalorizada demais e fez sua interpretação ficar chata e repetitiva, digo, Bella não muda nunca. Pattinson, por sua vez, parecia estar melhorando, tornando-se mais natural – até mesmo a primeira noite deles no filme é natural – mas, com o desenrolar da trama, ele vai se esquartejando e, antes de tudo terminar, ele se queima por completo. Lautner talvez não seja o maior problema – nesse filme ele fala pouco e age menos ainda – pois ele deixou de ficar tanto atrás da Bella, mas parece que o lobo vai morar na casa dos Cullen para ajudar na gravidez da jovem.


Após assistirmos a uma melhorada no terceiro filme da franquia, imaginamos que tudo melhorará, afinal, esse é o início do desfecho da série. Mas tudo consegue piorar, e fica mais nítido ainda no desfecho da trama: a reação de Pattinson e Lautner no momento em que Bella morre é, sem dúvida, deprimente, mas não por eles estarem sofrendo, e sim por ela ser quase engraçada, e quando dois atores tornam a morte da amada de seus personagens engraçada, é por que a coisa está séria. Por fim, após um belo casamento o filme começa a se degringolar a cada cena, a gravidez de Bella é o cúmulo e sua morte poderia ter significado o final da série, se isso tivesse acontecido tudo seria mais glorioso, ou ao menos, um pouco menos estúpido.


ACESSE NOSSA PÁGINA NO YOUTUBE:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Poderá gostar também de: