Fundamental é mesmo o amor, pois é
impossível ser feliz sozinho.
Nota: 8,3
Título Original: Must Love Dogs
Direção: Gary David Goldberg
Elenco: Diane Lane, John Cusack, Elizabeth Perkins, Christopher Plummer,
Dermont Mulroney, Stockard Channing, Ali hills, Brad William Henke, Julie
Gonzalo
Produção: Gary David Goldberg, Jennifer Todd, Suzanne Todd
Roteiro: Gary David Goldberg e Claire Cook (romance)
Ano: 2005
Duração: 98 min.
Gênero: Comédia / Romance
Sarah Nolan é uma bela professora de
jardim de infância que ainda não se recuperou sentimentalmente de seu divórcio.
Devido a sua juventude, seus irmãos e pai insistem para que ela encontre um
novo namorado. Para isso, Carol, a irmã mais velha, cria um perfil em um site
de relacionamentos na internet. Entretanto, ao mesmo tempo em que Sarah
encontra um homem legal pelo tal site, Jake, ela começa a se relacionar com um
pai de seus alunos, Bob, um safado incorrigível. Agora Sarah, que estava sem
nenhum homem, terá de decidir qual dos dois prefere.
A solteirice e a dificuldade de se
encontrar aquele par (quase) perfeito em nossas vidas é, provavelmente, o tema
mais visto no cinema. Isso por que, é uma abordagem simples: ele faz parte da
vida de todos, seja dos que já foram casados – como Sarah – e estão sozinhos,
seja daqueles que nunca tiveram ninguém realmente importante o suficiente para
que uma união fosse firmada. Além disso, no filme temos uma abordagem
secundária sobre a vida do irmão de Sarah: ele está com problemas no casamento.
Outro tema abordado com recorrência em filmes de romance ou comédia, que ganha
cada vez mais espaço no mundo contemporâneo por tanto o homem quanto a mulher
poderem se expressar de forma mais completa e significativa. Acrescente a isso,
o pai de Sarah também cria um perfil no mesmo site que a filha para encontrar
mulheres, aliás, isso nos proporciona uma das cenas mais engraçadas que mostra
o quanto as pessoas mais velhas podem ser superiores aos jovens no quesito de
ver o lado cômico das coincidências da vida.
Diane Lane é uma das mulheres mais belas
de Hollywood, sua beleza não é totalmente normal e também não é daquelas
mulheres que parecem nem ser de nosso mundo. No filme, ela interpreta Sarah, e
é a simplicidade da personagem que faz com que Lane consiga trazer uma
naturalidade incrível na sua atuação, ou seja, Sarah é uma mulher comum, uma
professora que se divorciou e está á procura de alguém, não que ela esteja
desesperada, apenas deseja encontrar alguém com quem possa ter uma afinidade
maior, e é aí que está a diferença de Diane Lane para qualquer outra atriz:
seria fácil, para outras, serem exageradas e parecerem mulheres procurando
(desesperadamente) por um amor que goste de cachorros. John Cusack e Dermot
Mulroney são os respectivos pretendentes de Sarah, Jake e Bob. Jake também
acabou de se divorciar, e, bem como Sarah, procura por alguém, mas sem
ansiedade, Cusack, como sempre, está engraçado no papel, mas também traz um
pouco de humanidade em algumas cenas com um tom mais real e dramático. Bob,
como a própria ex-esposa define, é um safado incorrigível, Mulroney interpreta
aquele tipo de homem que não presta, mas que está tentando melhorar. Para mim,
a grande atuação do filme – ao lado da de Diane Lane – é a de Christopher
Plummer, ele vive Bill, o pai de Sarah, um velho que também resolve apelar pela
internet para conhecer mulheres, a genialidade do ator é simples: tudo o que
ele resolve interpretar dá certo, aqui não temos uma exceção.
Provavelmente existem poucas coisas mais
difíceis que conviver harmoniosamente com qualquer outro ser humano, e é por
isso que casar, viver junto e permanecer unido é algo tão complicado. Nesse contexto,
encontrar alguém com quem realmente se forme uma afinidade suficiente para se
firmar um relacionamento sério, duradouro e que valha a pena esteja ficando
cada vez mas impossível. Viver sozinho, também não é uma opção humana, e é pelo
desespero de enlouquecer por isso que Sarah e Bill(representação de todos os
homens ou mulheres), decidem procurar alguém para dividir a vida. Afinal de
contas, Tom Jobim é quem tinha razão: “Coisas que só o coração pode
entender/Fundamental é mesmo o amor/É impossível ser feliz sozinho...”
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