domingo, 24 de fevereiro de 2013

085. (ESPECIAL OSCAR 2013: VENCEDORES) 2 COELHOS, de Afonso Poyart


Um filme brasileiro para agradar a todos.
Nota: 9,2


Título Original: 2 Coelhos
Direção: Afonso Poyart
Elenco: Fernando Alves Pinto, Alessandra Negrini, Caco Ciocler, Roberto Marchese, Carol Miranda, Aldine Muller, Marat Descartes, Djair Guilherme, Robson Nunes, Amanda Banffsy, Norival Rizzo, Angela Sbrina Boing Boig Sabrina, Thaíde, Thogun, Afonso Poyart e Neco Villa Lobos
Produção: Angela Farinello, Rosana Oda, Afonso Poyart e Christiano Sensi
Roteiro: Afonso Poyart e Izaías Amalda
Ano: 2012
Duração: 108 min.
Gênero: Ação / Comédia

Edgar volta dos Estados Unidos após uma temporada naquele país, o motivo: atropelou e matou uma mulher e seu filho. Enquanto vivia lá, o pai de Edgar contratou Walter, o pai do menino morto, para trabalhar em seu restaurante. Quando Edgar chega no Brasil, resolve por em prática um plano que fará com que políticos e bandidos se choquem, dando uma lição nos dois segmentos corruptos do país e se dando bem arrancando um dinheiro advindo de roubos e propinas. Entretanto, tudo o que Edgar está fazendo vai muito além de apenas dar uma lição em bandidos.


O longa é narrado em off, pelo protagonista Edgar, contando-se as histórias dos protagonistas centrais e mostrando o dia-a-dia deles. Além disso, a narrativa não é linear, indo e voltando no tempo, o que explica, de forma maravilhosa, tudo o que aconteceu até ali, como aconteceu e a forma genial com a qual as histórias de cada personagem se entrelaçam. Achei que o filme seria uma daquelas ótimas comédias satíricas brasileiras, todavia, vai bem além, e, de forma geral, se deve a um roteiro inacreditável, melhor do que muitos roteiros de grandes filmes americanos desse ano, pois não confunde ao dar voltas e mais voltas para contar todas as histórias, cria personagens únicos que fazem o espectador se identificar de uma forma ou outra e não deixa com que as pontas se percam, une tudo em um desfecho imprevisível e não menos que perfeito.  Acrescente a isso, a direção e a edição de Afonso Poyart – que havia realizado apenas o curta “Eu te Darei o Céu” (2005) – são ótimas, escolhendo os momentos mais oportunos para filmar com câmera de mão (alternativa que eu acho terrível, mas que cai perfeitamente nesse filme), e sendo ótimo em cada tomada de ação, trazendo-nos as ruas de uma grande cidade, favelas e belos lugares como pano de fundo de tiroteios, explosões e muita ação. Além disso, o filme inova com efeitos visuais excelentes – equiparando-se com o fantástico “Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é Outro” (2010) -, animações na apresentação dos personagens, referências a diversidade cultural do país. Mas, nada disso se compara a crítica mais que necessária feita a corrupção brasileira: para que um grande traficante possa se livrar de seus crimes, ele tenta subornar um deputado estadual – o mesmo que influenciou o juiz que absolveu Edgar dos assassinatos -, e mais: crítica a desordem pública da sociedade brasileira, mostrando a forma louca com a qual é organizada a hierarquia das favelas/subúrbios em contraponto aos bairros de classes mais elevadas, por fim, ainda critica os profissionais corruptos que estão nos nossos tribunais, mandando e desmandando apenas visando seu próprio bem. A trilha sonora, de André Abujamra e Marcio Nigro, é muito característica pela diversidade de nosso próprio país, indo de Radiohead e Kings and Queens, passando por Titãs e Lenine e chegando nos Avassaladores – aquele grupo que tem, como maior sucesso, o funk “Sou Foda” -, assim como quase tudo no filme, mais um trunfo.


Além da excelente direção, do roteiro de tirar o fôlego e da trilha sonora que casa perfeitamente com a diversidade brasileira, há um elenco forte e muito simples e natural em suas interpretações. Ao começar pelo protagonista, Edgar é vivido por Fernando Alves Pinto, ator de três dezenas de trabalhos, em sua maioria filmes, apesar de não conhecer o trabalho de Fernando, fiquei mais que satisfeito com sua atuação, achei o ator perfeito para o papel, pois é sua responsabilidade levar toda a história e dar qualquer nexo a ela, juntando cada pedaço e cada história; em algumas cenas é exigido aquele clássico teor dramático, sem ironia ou sátira, mas, na maioria, Edgar está debochando da falta de vergonha com a qual se rouba no Brasil e a falta de noção da população por ter tudo isso sobre seu olhos e se fingir de cego. Alessandra Negrini é Julia, a mulher de um advogado safado, que na verdade é a mulher do traficante Maicom, no início sua personagem é um pouco apagada, mas com o desenrolar da trama ela se torna essencial e uma grande peça na história, e isso se deve ao fato de Negrini estar impressionante como uma jovem perturbada por seus próprios motivos e querer ser feliz da melhor forma possível, acredito que poucas atrizes poderiam ser tão completas para a personagem. Marat Descartes - de “É Proibido Fumar” (2009) e da ótima série “Maysa – Quando Fala o Coração” (2009), onde viveu o ator gaúcho Carlos Alberto – é Maicom, um perigoso bandido que está sendo investigado pela justiça há três anos, e que pretende subornar o deputado Jader, para poder se safar de seus crimes, Descartes nos mostra o típico traficante e chefe de grandes favelas, crimes e organizações criminosas, sem ter pena de quem tenta lhe passar a perna e pensando somente em seu bem, a linguagem e as expressões utilizadas pelo ator contribuem ainda mais para a riqueza de sua atuação. Por fim, Caco Ciocler – por sinal, ótimo na novela da Rede Globo “Salve Jorge”, onde vive o descontrolado Celso -, está, como sempre, excelente no papel de Walter, apesar de aparecer pouco no filme, é uma peça tão essencial quanto qualquer outro, e nos mostra as frustrações do homem que perdeu tudo o que tinha, pensa em se vingar de quem lhe tirou tudo e ainda consegue sonhar com um futuro mais interessante pela frente.


“2 Coelhos” é um título que se refere a tarefa de Edgar: aparentemente, acabar com um político e com um traficante, dois bandidos, com um paulada só. No entanto, é mais que isso: Edgar usa toda essa história para dar duas cajadadas e preparar um futuro melhor para personagens que merecem um futuro melhor, mostrando que ainda existem pessoas que pensam em si e no restante dos indivíduos a sua volta. No final das contas, o filme é uma produção sobre compaixão, amor, felicidade, amizade e paixão que, ao se contrapor com a corrupção, a maldade, a bandidagem e os roubos desenfreados dos políticos no Brasil, vai contra todos os credos da indústria cinematográfica brasileira e cria um filme que alia críticas à corrupção e a boa e velha comédia debochada que poucas pessoas, que não os brasileiros, sabem fazer, criando um filme único e histórico para  cinema moderno de nosso país.



VENCEDORES OSCAR 2013, com comentários:




Melhor Filme: Argo – apesar da não indicação de Ben Affleck, venceu a categoria mais importante da premiação. Não concordo com o que a Academia fez, pelo simples fato de que se era para dar o prêmio de melhor filme a Argo, por que ignoraram Affleck?o. Uma pena que o longa não tenha vencido mais prêmios, pois pareceu mais um consolo para Affleck, não que o longa não mereça, mas o resultado acabou sendo estranho. Affleck, como produtor, fez um discurso ótimo, realmente emocionado, agradecendo aos colegas, esposa e a Academia, humilde e o melhor discurso da noite, um ótimo vencedor, um ótimo perdedor, no final das contas: o melhor resultado, mas insisto, uma pena Affleck não ter sido indicado, ele merecia!


Melhor Filme Estrangeiro: Amor, de Michael Haneke, da França – assisti apena a esse filme.
Melhor Direção: Ang Lee, por As Aventuras Pi – inacreditável, mas, realmente, uma das mais perfeitas direções, um filme belíssimo e que exige muito trabalho de toda a equipe, especialmente do diretor da produção. Parece que Lee tem a sina de vencer na direção e perder como melhor filme.
Melhor Ator: Daniel Day-Lewis, por Lincoln – fez piada durante o discurso e deixou claro o que todos falam: ele é o Meryl Streep do ano, perfeito, nada podia ser melhor na categoria! Um dos melhores atores vivos recebendo o prêmio da melhor atriz viva, uma americana que viveu uma das mais importantes figuras femininas inglesa, ele, um inglês vivendo um dos mais importantes presidentes americanos.
Melhor Atriz: Jennifer Lawrence, por O Lado Bom da Vida – ao menos um prêmio importante para esse filme maravilhoso. Apesar de desejar que Emmanuele Riva vencesse o prêmio, parabéns a essa atriz que tem tudo para ser maravilhosa, fico triste em ver que Riva não terá mais sua chance. Lawrence merece, mas terá outras chances. No entanto, apesar do filme ser previsível, para mim é o melhor!
Melhor Ator Coadjuvante: Christoph Waltz, por Django Livre – mais que merecido, o ator está fantástico.
Melhor Atriz Coadjuvante: Anne Hathaway, por Os Miseráveis – segunda indicação da atriz, após cantar, de forma perfeita, “I Dreamed a Drem” era óbvio que arrebataria os corações dos americanos, mais que merecido! Finalmente o Oscar de Mia de “O Diário da Princesa”.


Melhor Roteiro Original: Django Livre, para Quentin Tarantino – o longa se enforca a partir da chacina básica de Tarantino, mas era óbvio, ao menos as criações das personagem são bem feitas.
Melhor Roteiro Adaptado: Argo, para Chris Terrio – apesar de tudo, ainda prefiro “O Lado Bom da Vida”, mas foi merecido, ótimo roteiro, com uma história bem esclarecida – preciso fazer uma resalva: há muitos furos no roteiro, mas é uma homenagem ao cinema, então era meio óbvio.
Melhor Direção de Arte: Lincoln – ao menos uma categoria técnica para um filme tão belo e bem feito, as reconstruções são fantásticas.
Melhor Figurino: Anna Karenina – como já disse, o filme mais belo visualmente do ano e o figurino é um dos principais contribuintes para isso.
Melhor Maquiagem e Penteado: Os Miseráveis – apesar de ser muito bem feito, acho o trabalho de O Hobbit melhor.
Melhor Trilha Sonora: As Aventuras de Pi – Mychael Danna nos apresentou uma bela trilha sonora, mas, como disse Joé Wilker, apenas eficiente, torcia muito por Anna Karenina.
Melhor Canção Original: “Skyfall”, de Adele e Paul Epworth, apesar, de como apontou José Wilker na ótima transmissão da Rede Globo (só peço, apresentem toda a premiação, por favor): “Canções de 007 são como sambas enredo, jogam um tema e o autor precisa se virar naquilo ali”, mas a interpretação de Adele, o contexto do filme, a letra enigmática de Adele e Paul Epworth e o filme excelente que merecia estar entre os melhor filmes, fazem merecer, finalmente a maldição das canções de 007 foi quebreda! É a primeira vez que uma canção tema dos filmes de Bond vence na categoria.


Melhor Fotografia: As Aventuras de Pi – todos os prêmios técnicos que o longa recebeu são merecidos.
Melhor Montagem: Argo, - apesar de achar merecido, preferia, novamente, ver A Hora Mais Escura, mas é bom ver Argo ganhar algum prêmio antes de vencer o principal prêmio da noite: melhor filme do ano.
Melhor Edição de Som: A Hora Mais Escura – o filme é incrível e a equipe técnica é ótima, mais outra pena pelo 007.  E eis a surpresa, foi um empate: 007 – Operação Skyfall, não podia ser melhor. Empate é algo raro, somente para constar.
Melhor Mixagem de Som: Os Miseráveis – as músicas não foram dubladas nesse melhor musical do ano, premio mais que merecido, uma pena que 007 – Operação Skyfall perca mais um.
Melhor Efeitos Especiais: As Aventuras de Pi – preferiria que O Hobbit tivesse levado, mas mais um prêmio merecido pela criação belíssima do tigre.
Melhor Filme Animação: Valente – simples: não é a melhor animação do ano.
Melhor Curta Metragem de Animação: Paperman – todos os indicados eram ótimos, prêmio merecido.
Melhor Filme Documentário: Searching for a Sugar Man – não assisti nenhum dos indicados, mas já foi reconhecido em ao menos uma dezena de prêmios.
Melhor Filme Documentário Curta Metragem: Inocente – não assisti nenhum dos indicados.
Melhor Filme Curta Metragem: Curfew – não assisti nenhum dos indicados.



CONTAGEM DA DISTRIBUIÇÃO DE PRÊMIOS:

As Aventuras Pi - 4 prêmios - Confira a crítica aqui.
Argo - 3 prêmios - Confira a crítica aqui.
Os Miseráveis - 3 prêmios - Confira a crítica aqui.
Django Livre - 2 prêmios - Confira a crítica aqui.
007 - Operação Skyfall - 2 Prêmios (um deles foi empate) - Confira a crítica aqui.
Lincoln - 2 prêmios - Confira a crítica aqui.
A Hora Mais Escura - 1 prêmio (empate) - Confira a crítica aqui.
Amor - 1 prêmio - Confira a crítica aqui.
O Lado Bom da Vida - 1 prêmio - Confira a crítica aqui.
Valente - 1 prêmio - Confira a crítica aqui.
Anna Karenina - 1 prêmio - Confira a crítica aqui.
Searching for a Sugar Man - 1 prêmio
Inocente - 1 prêmio
Paperman - 1 prêmio - Confira a crítica aqui.
Curfew - 1 prêmio
Indomável Sonhadora - não ganhou nenhum prêmio - Confira a crítica aqui.

Ver a boa distribuição de prêmios mostra o quanto todos os filmes do ano foram merecedores de vencerem os prêmios.




MOMENTOS OSCAR 2013:


A cerimônia iniciou um pouco fraca, mas, depois da música sobre a aparição de seios no cinema, tudo começou a ficar melhor e a grande apresentação inicial que estávamos nos acostumando virou várias apresentações. Ótima mudança!
A celebração dos 50 anos dos filmes de James Bond foi apresentada por Halle Barry, que apresentou a montagem belíssima sobre o agente com licença para matar, que mostrou as Bond Girls (Barry, inclusive, é uma das mais famosas), os vilões, os temas inesquecíveis, os intérpretes de Bond e as cenas mais famosas. Mas a maior emoção ficou a cargo de Shirley Bassey cantando a clássica “Goldfinger”, é incrível como a voz ainda é a mesma, o que tornou sua performance, aplaudida de pé por todos, mais que memorável. Poucos blocos depois, Adele interpretou a canção tema do filme 007 – Operação Skyfall: “Skyfall”.
CONFIRA AS CRÍTICAS DO AGENTE 007 NO BLOG, ELAS VÃO DESDE A CRITICA NÚMERO 154 ATÉ A CRÍTICA 172!


Mas o maior momento da noite foi a aguardadíssima homenagem ao musicais da última década:
Chicago: Catherina Zeta-Jones apresentou sua performance magnífica de “All That Jazz”, impressionande do começo ao fim.
Dreamgrils – Em Busca de Um Sonho: Jennifer Hudson, vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo filme, canta uma das músicas do longa. E que voz tem essa mulher. "Obrigado Lincoln por libertar os negros”! Aplaudida de pé.
Os Miseráveis – Hugh Jackman entoou a canção indicada ao Oscar esse ano, “Suddenly”, música composta especialmente para o filme. Mas foi a entrada de Anne Hathaway, cantando “I Dreamed A Dream” que emocionou a todos. Após ela, veio o elenco principal e coadjuvante do filme, que lotou o palco com uma inacreditável apresentação. Impossível não se arrepiar com essa que foi uma das mais memoráveis apresentações do Oscar nos últimos anos.Mais uma vez, aplaudidos de pé!
Como sempre, o In Memoriam do prêmio foi um dos momentos mais tocantes, ao som do tema de Entre Dois Amores, de John Barry. Produtores, diretores, roteiristas, artistas, fotógrafos, críticos, editores, entre outros que deixaram a indústria cinematográfica no ano de 2012. Logo após a montagem, Barbra Streisand entrou cantando "The Way We Were", homenageando o compositor que morreu no ano passado, Marvin Hamlisch.
A maior surpresa, entretanto, foi Michelle Obama, a primeira-dama, dos Estados Unidos da América, fazer uma aparição no telão e anunciar Argo como o grande vencedor da noite.
Para encerrar a noite com chave de ouro, Seth MacFarlene, ótimo apresentador, por sinal, e Kristin Chenoweth apresentaram um curto musical relembrando várias atrações da noite que não venceram nada, a canção intitulada "Here's to the Losers" colocou o Oscar para dormir e encerrou a cerimônia.

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086. (ESPECIAL OSCAR 2013) AMOR, de Michael Haneke


Sem dúvida o filme mais belo e tocante do ano.
Nota: 9,5


Tìtulo Original: Amour
Direção e Roteiro: Michael Haneke
Elenco: Emmanuelle Riva, Jean-Louis Trintignant, Isabelle Huppert, Alexander Tharaud, William Shimell, Ramón Agirre, Rita Blanco, Carole Franck, Dinara Drukarova, Laurent Capelluto, Jean-Michel Monroc, Suzanne Schimidt, Damien Joullerot e Walid Afkir
Produção : Stefan Arndt, Veit Heiduscka, Michael Katz, Margaret Ménégoz
Ano : 2012
Duração : 127 min.
Gênero : Drama / Romance

Georges e Anne são um casal de aposentados que já chegou na casa dos oitenta. Ex-professores de música, o casal tem uma filha musicista que vive em outro país com sua família, viajando pela Europa com o marido, também músico. Além disso, Georges e Anne assistem a ascensão de um de seus antigos alunos. Apesar da idade e das dificuldades da vida, os dois são um casal feliz. Entretanto, certo dia Anne começa a ter comportamentos estranhos e acaba adoecendo. Com um lado do corpo paralisado o amor dos dois será testado.


Michael Haneke é o diretor e roteirista de um dos filmes europeus mais badalados dos últimos anos, apesar de “A Fita Branca” (2009) não ter ganhado o Oscar de melhor filme estrangeiro há dois anos, o mundo todo se curvou diante do diretor e foi unânime a afirmação de que o longa era um dos filmes mais belos e tocantes do ano. Em “Amor” ele nos traz uma das produções mais lindas dos últimos anos nos apresentando uma história muito comum na sociedade moderna: dois idosos que precisam conviver com a doença terminal de algum deles. Todavia, Haneke, que também escreveu o roteiro do longa, vai além disso: dessa vez não é a parte feminina do casal que deve cuidar do marido, e sim o contrário, afinal, Anne fica doente, e Georges se vê na tarefa de escolher ficar com a esposa em casa e cuidar dela ou deixá-la nas mãos de enfermeiros em um asilo. A escolha de Geroges é a mais difícil entre todas elas, a mais cordial e cavalheiresca possível, afinal, Anne havia lhe pedido para não abandoná-la e jamais deixá-la em um asilo, no entanto, é também uma escolha pouco racional e pouco sensata. Apesar disso, todo o enredo do filme e a posição que o protagonista toma em cuidar de Anne custe o que custar e não medir esforços apesar de sua idade avançada, acaba mostrando o quão digno é tudo o que ele está fazendo. Sempre digo, quando analiso filmes com pessoas velhas como protagonistas, o quanto temos de aprender com essa parcela da sociedade, apesar de não haver dúvida alguma sobre o amor que eles sentem um pelo outro, não posso deixar de falar como é incrível ver duas pessoas com idade tão avançada lutando um pelo outro, não são aqueles filminhos adolescentes onde a garota chora horrores por que foi deixada pelo amor de sua vida, também não segue a linha onde uma jovem tenta acabar com a outra para conquistar o galã idiota, o que temos aqui é algo muito maior, algo muito mais valioso, um amor construído pelo tempo, um amor que superou obstáculos que nós jovens jamais tivemos de enfrentar. E é isso que faz do título da produção algo tão perfeito, bem como todo o resto do longa, pois tudo se trata de como Georges e Anne se amam, como viveram felizes todos esses anos, apesar dos óbvios altos e baixos, e como desejam continuar a levar a vida como um casal. Mesmo que o filme possa parecer um pouco monótono em um ou outro momento – ele nem possui trilha sonora significante -, não é nada comparado ao show que os intérpretes dão, ou a mensagem pura e inigualável que o filme nos transmite.


Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva são dois dos maiores atores franceses da história do cinema, ele, estreou mesmo ao lado de Brigitte Bardot em “Deus Criou a Mulher” (1956), ela, três anos depois no clássico de Alan Resnais “Hiroshima Meu Amor”. Apesar de o casal ser adorado pelo público francês, “Amor” é um dos maiores filmes de ambas as carreiras, sendo a única indicação de Riva ao Oscar e as únicas indicações de Trintgnant ao European Film Awards e ao prêmio dos Críticos de Londres. Jean vive Georges, um homem apaixonado até hoje por sua esposa, e que atende a cada um de seus pedidos antes que ela seja levada de seu lado, mesmo que haja apenas por amor e instinto, o homem permanece sóbrio quase que o tempo todo e detesta ouvir reclamações sobre a situação de Anne. Triantignant nos surpreende ao agir como um homem convencido de que sua mulher já não tem muito tempo ao seu lado, mas ainda sim permanecendo sóbrio e agindo da forma mais natural possível. Inacreditavelmente, foi esnobado no Oscar e não é um dos indicados na categoria de atuação. Emmanuelle Riva, indicada ao Oscar e vencedora do BAFTA (o Oscar Britânico) tem aquele tipo de atuação assombrosa, até o momento em que Anne fica paralisada, a atriz parece agir naturalmente, não decepciona um segundo, mas também não tem uma atuação tão surpreendente, é quando a personagem fica impossibilitada de mover um lado de seu corpo que Riva mostra por que sua atuação é a melhor do ano e por que deveria desbancar todas as outras concorrentes e levar o homenzinho dourado para a França, pois há algo inacreditável em cada movimento, cada olhar e cada gesto da atriz, nos comovendo a cada instante. Em uma determinada cena, Anne deita em sua cama, antes de ficar paralisada, e temos longos segundos de silêncio total, que se torna uma sinfonia apenas com o olhar de quem sabe o que o futuro guarda.


As indicações ao Oscar são de melhor filme, apesar de ser um dos meus favoritos na categoria, acredito que o prêmio já seja de “Argo”; melhor direção para Michael Haneke, uma das categorias mais incertas do ano, pode ser o grande azarão da competição, afinal, todos os prêmios foram para Ben Affleck, que sequer foi indicado ao Oscar; melhor roteiro original para Michael Haneke, após tudo o que escrevi sobre o longa, parece meio óbvio que esse seja o melhor roteiro do ano, mas o vencedor será Quentin Tarantino por “Django Livre” (2012), que, para mim, escorrega no que o diretor mais ama: a chacina da vez; por fim, como disse, Emmanuelle Riva como melhor atriz, sua atuação é uma das mais perfeitas que vi em toda minha vida, sendo impossível acreditar que o Oscar vá preferir qualquer outra atriz. Riva e Ttrintignant tem interpretações dignas de serem aplaudidas de pé por qualquer ser humano decente que vá até um cinema para assistir a esse filme, não há palavras para explicar o quanto os atores possuem um química inigualável e como é agradável vê-los juntos, acrescente a isso, se analisarmos fotografias ou vídeos dos dois nas estréias ou premiações durante o ano de 2012, não acreditamos que eles poderiam ser capazes de nos proporcionar tamanha honra ao assistir a esse filme, afinal, chegar ao 80 não para qualquer um. Na melhor cena do filme, não temos falas, apenas gestos e feições: Anne, já paralisada, se nega a tomar água – possuindo o intuito de morrer de sede -, indignado, Georges lhe enfia água goela a baixo e diz que ela não pode forçá-lo a deixar que ela morra, Anne cospe a água no marido e ele lhe da um tapa no rosto. Não tenho mais palavras para dizer o quanto me tornei um admirador eterno dessas duas figuraças do agradável cinema Europeu. Portanto, apenas garanto que o que se segue no filme é digno de louvor, pois é preciso ter muita coragem e amor para viver um relacionamento tão longo, mais coragem ainda para estar ao lado de alguém em estado terminal de vida, mas é preciso amor e coragem inimagináveis para saber a hora de encerrar um relacionamento tão belo.


E poucas horas antes do Oscar 2013, meus filmes preferidos indicados em qualuqer categoria. Meus dez melhores filmes do Oscar 2013:
10. Frankenweenie
09.  Django Livre
08. Os Miseráveis
07. As Sessões
06. 007 - Operação Skyfall
05. Argo
04. Lincoln
03. A Hora Mais Escura
02. Amor
01. O Lado Bom da Vida

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087. (ESPECIAL OSCAR 2013) LINCOLN, de Steven Spielberg


A prova de que a palavra impulsionou o primeiro passo para os Estados Unidos da América serem governados por um negro.
Nota: 9,7



Título Original: Lincoln
Direção: Steven Spielberg
Elenco: Daniel Day-Lewis, Sally Field, Tommy Lee-Jones, Jooseph Gordon-Levitt, David Strathairn, James Spader, Hal Holbrook, John Hawkes, Jackie Earle Haley, Bruce McGill, Tim Blake Nelson, Joseph Cross, Jared Harri, Lee Pace, Peter McRobbie, Gulliver McGrath, Gloria Reauben
Produção:  Steven Spielberg, Kathleen Kennedy
Roteiro: Tony Kushner e Doris Kearns Goodwin (livro)
Ano: 2012
Duração: 150 min.
Gênero: Biografia / Drama

Abraham Lincoln, nascido em 12 de Fevereiro de 1809, foi o 16º presidente dos Estados Unidos da América, entre março de 1861 até abril de 1865. Foi durante seu governo que se deu a Guerra Civil Americana, também conhecida como Guerra da Secessão, que matou quase um milhão de pessoas, e culminou na abolição da escravidão naquele país. Lincoln era de família simples, e teve de lutar para estudar e sobreviver, trabalhando em uma fazenda e em uma loja em Ilinois. Antes de se tornar presidente, passou pela Assembléia Legislativa do Estado de Ilinois e foi advogado. Com o colapso do partido Democrata em 1960, a eleição a presidência foi fácil. Dono de discursos famosos, Lincoln foi um dos mais importantes presidentes dos EUA, e um dos mais conhecidos no restante do mundo, foi casado desde 1842 com Mary Todd, com quem teve três filhos. Em 14 de abril de 1865, um ator que desejava ajudar os sulistas, assassinou Lincoln. Sua morte provocou também a morte da possibilidade de paz nos EUA.


No filme, Lincoln acaba de ser reeleito como presidente dos Estados Unidos da América, o país vive o terror da grande Guerra Civil e o presidente ainda precisa lidar com as loucuras de sua esposa, que jamais superou a perda do filho mais velho do casal. Em contra ponto, Lincoln vive bons momentos ao lado de seu filho mais jovem, o único ser humano perto do presidente que ainda tem alguma inocência. Para completar, a chegada de seu outro filho, que deseja ingressar no exército, acaba abalando todos os alicerces de sua vida pessoal, pois a esposa não aguenta a possibilidade de perder outro filho. Mas o maior centro de toda a trama fica a cargo da aprovação da 13ª Emenda na Constituição Americana, que previa a abolição dos escravos.


Steven Spielberg, vencedor de 3 Oscars é o tipo de diretor que dispensa apresentações, ficou conhecido pelo público com “Tubarão” (1975), depois vieram “Os Caçadores da Arca Perdida” (1981) e “E.T. – O Extraterrestre” (1982), e logo mais e mais clássicos do cinema moderno. Dessa forma, quando um homem como Spielberg decide dirigir um longa sobre alguém como ‘Lincoln”, as expectativas são as maiores possíveis. É preciso esclarecer minha opinião a respeito do diretor: acho seu trabalho incrível, tecnicamente falando, seus filmes são impecáveis e pouco posso dizer de negativo sobre isso, todavia, não gosto de grande parte dos gêneros do diretor, é claro que “E. T.” fez parte de minha infância, assim como os filmes de Indiana Jones fazem parte de minha vida, no entanto, sua preferência por filmes históricos de guerra e filmes de ficção se distanciam do bom e velho drama que sou mais habituado. Tento em vista tais características, quando ouvi que esse filme seria sobre os anos da Guerra Civil Americana, logo tive a certeza de que veríamos guerras para todos os lados e que acharia o filme mais uma grande produção, muito bem feita, mas que não ficaria satisfeito com seu resultado. Confesso: foi tudo muito diferente. “Lincoln” não trata de como ocorreu ou o que culminou a Guerra Civil, muito menos das batalhas em si, e sim, como o grande presidente governou durante seu tempo na Casa Branca: usando a palavra, convencendo as pessoas sem utilizar força bruta, e sim usando toda sua lábia com seus discursos e suas histórias incríveis. Além disso, é apresentada a conturbada relação entre ele e sua esposa, não que os dois não se amassem, muito pelo contrário, mas a morte do filho do casal e todo o poder e inveja que vem com a presidência, fizeram com que tudo fosse mais complicado e Mary tivesse momentos loucos em sua vida. Por fim, o longa é sobre como Lincoln tentou convencer todos de que abolir a escravidão era a melhor forma de o país seguir em frente na história, considerando todos como iguais perante a lei.


Esse ano, “Lincoln” é o mais indicado ao Oscar, no total 12 categorias: melhor filme, apesar de ser um dos meus favoritos, provavelmente vá perder para “Argo”, a não ser que o público americano se comova com toda essa bela homenagem e se torne a surpresa do ano; melhor direção para Steven Spielberg, o diretor é sempre um dos favoritos quando indicado, e, levando em consideração a falta de Bem Affleck na categoria, tem grandes chances de vencer; melhor roteiro adaptado para Tony Kushner, o grande favorito na categoria, provavelmente leve o prêmio; melhor ator para Daniel Day-Lewis, falta apenas o ator ir receber o prêmio e falar seu discurso, pois a estatueta já deve ter seu nome; melhor atriz coadjuvante para Sally Field, como a esposa de Lincoln ela está ótima e merece o prêmio, mas, provavelmente, vai perdê-lo para Anne Hathaway, que encantou ao entoar a famosa “I Dreamed a Drem” em “Os Miseráveis”; melhor ator coadjuvante para Tommy Lee Jones, sempre que o ator é indicado a um prêmio se torna o favorito, está entre ele e Christoph Waltz, por “Django Livre”, ambos merecem e não sei para quem torcer; melhor fotografia para Janusz Kaminski, meu favorito e o provável vencedor, isso se “As Aventuras de Pi” não atrapalhar; melhor figurino para Joanna Johnston, apesar da beleza e da perfeição, acredito que “Anna Karenina” leve o prêmio; melhor edição para Michael Kahn, também um dos favoritos, mas o prêmio irá para “A Hora Mais Escura”; melhor trilha sonora para o compositor John Williams, são mais de 40 indicações ao Oscar, preciso dizer mais além de que ele é um dos favoritos?; melhor direção de arte para Jim Erickson e Rick Carter, provavelmente perca para “Anna Karenina”; e melhor mixagem de som para Andy Nelson, Gary Rydstorm e Ron Judkins, apesar de ser excelente, acredito que “007 – Operação Skyfall” vença esse.


Daniel Day-Lewis, já disse isso várias vezes, é um dos melhores atores vivos do mundo, e isso se deve, além de seu talento nato, ao fato de ele ser visto em filmes com grande intervalo de tempo, aceitando participar de poucas produções ruins, e sem nenhuma atuação menos que excelente nas últimas duas décadas. Como a figura de Abraham Lincoln, Day-Lewis está, se considerarmos sua maquiagem, gestos e feições perfeito, mas o que mais surpeende é como ele apresenta cada discurso do presidente, como se fossem grande monólogos, divertidos e assistidos por dezenas ou centenas de pessoas, é como se tanto o personagem quanto o ator fossem natos contadores de histórias, que sentem prazer em falar e se expressar. Sally Fields, oriunda de diversas séries de televisão e do clássico “Forrest Gump, o Contador de Histórias” (1994) vive Mary Todd, uma mulher que ainda ama o marido e deseja que tudo de certo em sua vida profissional, mas que jamais superará a morte do filho e acaba culpando Lincoln por tudo o que aconteceu de ruim na vida dos dois, é de Field o papel de trazer a realidade pessoal dessa figura tão enigmática e adorada que foi o 16º presidente dos Estados Unidos, além disso, a atriz consegue trazer as loucuras de Mary pelo filho e as contrapor com a racionalidade da personagem, que deve se portar decentemente como a primeira dama do país, em uma cena ótima ela questiona a personagem de Tommy Lee Jones pelas investigações sobre seus gastos para arrumar a Casa Branca que estava em ruínas quando eles se mudaram. Joseph Gordon-Levitt é o filho do casal que acaba de chegar, Robert Lincoln, um jovem que deseja entrar para o exército e fazer alguma coisa por seu país, apesar de sua boa atuação, Gordon-Levitt aparece pouco no filme e não tem a chance real de mostrar todo seu potencial, mas a participação não passa despercebida e é totalmente válida. No entanto, uma participação pra lá de incrível é a de Tommy Lee Jones, que aparece pouco nos primeiros momentos do longa, mas que ganha destaque e rouba as cenas em que aparece como Thaddeus Stevens, um homem que deseja, mais que tudo, abolir a escravidão e dar aos negros os mesmos direitos que os brancos possuem, a última cena de Jones é a mais bela de todo o filme e o diálogo com Daniel Day-Lewis após a pequena discussão com a primeira dama é aquele tipo de cena inesquecível, um duelo onde os dois intérpretes saem vencedores.


“Lincoln” não é o filmes mais indicado ao Oscar á toa, se for o grande vencedor da noite  de hoje também será muito merecido, pelo fato de Spielberg, finalmente, encontrar o estilo perfeito para suas produções: uma biografia clássica de um heroi real da história da humanidade, que teve de passar por uma difícil Guerra para provar sua real eficiência. No final das contas, Spielberg me surpreende e me conquista em um dos grandes filmes do ano, um dos prováveis maiores vencedores dos últimos anos na cobiçada premiação da academia. Confesso que não acredito na possibilidade de muitos diretores realizarem um trabalho tão belo e amplo, pois de forma inacreditável, fica a cargo de Steven Spielberg produzir um filme que fala de política, guerras, lutas das mais diversas, traumas, amores, paixões, desejos, vingança e, sobretudo, a inquestionável luta para atrubuir igualdade a todos os seres humanos, independente de sua cor, raça, opção sexual ou gênero sexual. Em uma das mais inteligentes passagens do filme, o personagem de Tommy Lee Jones, que defendia todas as igualdades a todos os negros, defende que todos devemos ser iguais perante as leis, mostrando a maestria com a qual se contra disse apenas para poder realizar seu sonho e convencer a todos que a Emenda devia ser aprovada. Quanto ao papel de Lincoln em toda a história, bem, seu nome e seus discursos já falam por si só.


Abaixo fiz uma relação dos prováveis vencedores em cada categoria do Oscar 2013, da seguinte forma, o primeiro nome é o provável ganhador, minha aposta para o vencedor, o segundo é o que eu realmente gostaria que eu ganhasse, o que eu considero o melhor do ano:

Melhor Filme
Aposta: Argo
Meu Favorito: O Lado Bom da Vida

Melhor Direção
Aposta: Steven Spielberg
Meu Favorito: David O. Russell / Steven Spielberg

Melhor Ator
Aposta: Daniel Day-Lewis
Meu Favorito: Daniel Day-Lewis

Melhor Atriz
Aposta: Jessica Chastain
Meu Favorito: Emmanuelle Riva

Melhor Ator Coadjuvante
Aposta: Christoph Waltz / Tommy Lee Jones
Meu Favorito: Christoph Waltz / Tommy Lee Jones

Melhor Atriz Coadjuvante
Aposta: Anne Hathaway
Meu Favorito: Anne Hathaway / Helen Hunt

Melhor Animação
Aposta: Detona Ralph
Meu Favorito: Frnkenweenie

Melhor Roteiro Adaptado
Aposta: Argo
Meu Favorito: O Lado Bom da Vida

Melhor Roteiro Original
Aposta: A Hora Mais Escura
Meu Favorito: A Hora Mais Escura

Melhor Direção de Arte
Aposta: Anna Karenina
Meu Favorito: Lincoln

Melhor Figurino
Aposta: Anna Karenina
Meu Favorito: Anna Karenina

Melhor Maguiagem
Aposta: O Hobbit – Uma Jornada Inesperada
Meu Favorito: O Hobbit – Uma Jornada Inesperada

Melhor Trilha Sonora
Aposta: Lincoln
Meu Favorito: Anna Karenina

Melhor Canção Original
Aposta: “Skyfall”
Meu Favorito: “Skyfall”

Melhor Fotografia
Aposta: Django Livre
Meu Favorito: Lincoln

Melhor Montagem
Aposta: A Hora Mais Escura
Meu Favorito: O Lado Bom da Vida

Melhor Edição de Som
Aposta: 007 – Operação Skyfall
Meu Favorito: 007 – Operação Skyfall

Melhor Mixagem de Som
Aposta: Argo
Meu Favorito: 007 – Operação Skyfall

Melhor Filme Estrangeiro
Aposta: Amor
Meu Favorito: Amor

Melhor Efeitos Especiais
Aposta: O Hobbit – Uma Jornada Inesperada
Meu Favorito: O Hobbit – Uma Jornada Inesperada

Melhor Documentário:
Aposta: Searching For a Sugar Man
Meu Favorito: Não assisti nenhum

Melhor Curta Metragem de Animação
Aposta: The Simpsons: The Longest Daycare
Meu Favorito: The Simpsons: The Longest Daycare

Melhor Documentário em Curta Metragem
Aposta: Inocente
Meu Favorito: não assisti nenhum

Melhor Curta Metragem
Aposta: Asad
Meu Favorito: não assisti nenhum
  

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