Uma boa comédia que ganha pontos por não
enrolar muito, mas é previsível demais.
Nota: 7,5
Título Original: This Means War
Direção: McG
Elenco: Reese Withrspoon, Chris Pine, Tom Hardy, Til Schweiger, Chelsea
Handler, John Paul Tuthan, Abigail Spencer, Angela Bassett, Rosemary Harris,
George Touliatos, Clint Carleton, Warren Christie, Leela Savasta, Natassia
Malthe
Produção: Simon Kinberg, James Lassiter, Robert Simonds e Will Smith
Roteiro: Timothy Dowling, Simon Kinberg
e Marcus Gautesen
Ano: 2012
Duração: 97 min.
Gênero: Comédia / Romance
FDR Foster e Tuck são dois agentes da
CIA que vivem juntos quase que o tempo todo, dividindo família, trabalho e
amigos. Tuck, divorciado e pai de um garoto, acaba resolvendo, após algum tempo
sem se relacionar com ninguém, criar um perfil na internet. Dessa forma ele
conhece Lauren, uma bela mulher que acaba de sair de um relacionamento de forma
um pouco ruim: largou tudo na vida para ir atrás do namorado em Los Angeles,
mas ele a traiu e agora ela está sozinha. O problema surge quando FDR também
começa a se relacionar com Lauren e os dois decidem que deixarão com que ela
resolva seu preferido.
McG dirigiu dois filmes que caíram no
gosto do público: “As Panteras” (2000) e “As Panteras Detonando” (2003), aqui,
seu trabalho não é muito diferente do que vimos nesse dois longas: não há nada
de incrível em “Guerra é Guerra”, mas, não se pode negar que o filme é muito
simpático. Talvez essa simpatia encontrada em seus três filmes surja exatamente
pelo fato de ele misturar toda a palhaçada que ronda os protagonistas – no
caso, as investidas dos amigos para conquistar Lauren – com um pouco de
seriedade – FDR e Tuck estão em busca de um grande criminoso. De forma clara, a
graça fica a cargo de Tuck estar um pouco enferrujado, tentando ser gentil o
tempo todo e não sabendo o que fazer em alguns momentos, já FDR é o típico
playboy que acha que está por cima de tudo, o que acaba deixado Lauren um pouco
cansada de toda a auto-confiança do rapaz. Para procurar compreender melhor a
mulher os agentes fazem algo que todo homem deveria ter a chance de fazer ao
menos uma vez na vida: separadamente, criam duas equipes que investigam todo o
passado e presente da mulher, invadem sua casa – com ela dentro –, colocam
escutas em todo canto e a vigiam dia e noite. Sem saber de nada, ela comenta
sobre os dois com sua melhor amiga e dá todas as dicas necessárias para que os
amigos descubram tudo a seu respeito e a tornem o alvo mais fácil de suas
vidas. Um bom trunfo utilizado pelo diretor em seus três filmes – além de
protagonistas carismáticos, uma história alucinante e boas cenas de ação – é a idéia
de realizar um longa com menos de uma hora e quarenta de filme, o que auxilia
na tentativa de não deixar o filme chato e muito cansativo. O problema fica nas
previsões do longa, após dez minutos de filme já sabemos quem ficará com Lauren
e o que acontecerá durante toda a história.
Chris Pine iniciou no cinema com o fraco
“O Diário da Princesa 2” (2004), onde atuou ao lado de Anne Hathaway, na época
uma também iniciante, se a parceria com Hathaway rendeu um filme ruim, imagine
o que aconteceu quando o ator atou ao lado de Lindsey Lohan, a coisa ficou
ainda pior, mas foi com “Sorte no Amor” (2006) que Pine se popularizou entre os
jovens. Aqui ele é FDR, um homem, claramente, com problemas no passado, o que o
tornou aquele típico homem sem perspectiva de um futuro amoroso sério e
decente, mas que vê em Lauren uma mulher que merece seu respeito e decide mudar
por ela. Tom Hardy fez uma pequena participação na mini-série de Steven
Spielberg “Band of Brothers” (2001), mas foi apenas com “A Origem” (2010), que
ganhou o público, e foi vivendo o grande vilão de “Batman: O Cavaleiro das
Trevas Ressurge” (2012) que Hardy arrebatou a crítica, vivendo Tuck ele é o
típico homem divorciado que não consegue esquecer a esposa e ter qualquer tipo
de relacionamento com outra mulher, isso o tornou inseguro e totalmente
desprovido de atitudes. O problema é exatamente que os amigos são dois extremos
tão clássicos nesse gênero de filme que tudo pode ficar cansativo para algumas
pessoas. E se essas personagens não forem suficientemente clichês, temos Reese
Wistherpoon, vencedora do Oscar por “Johnny e June” (2005) e com uma lista de
mais de dez filmes bem populares, vivendo Lauren, uma mulher que acabou de sair
de um relacionamento que tinha tudo para dar certo, mas que foi por água a
baixo quando ela foi traída, no entanto, Lauren está tentando mudar sua vida e
parecerá o sonho de qualquer mulher estar em dois relacionamentos ao mesmo
tempo com homens tão... distintos. Apesar de os personagens serem muito
batidos, o trio segura bem por ser um trio de muito carisma e popular entre o
público, acrescente a isso, a química entre eles é excelente.
Aos que já assistiram aos outros dois
filmes de McG sobre as três espiãs mais adoradas da história, fica fácil
imaginar qual o estilo desse filme, pois é seguida exatamente a mesma linha:
temos vilões e mocinhos, temos um alvo fácil para o vilão, temos boas sacadas
irônicas, podemos rir e nos divertir por um curto espaço de tempo. Entretanto,
não espere nada que vá muito além do que o diretor realizou para As Panteras,
apenas espere por uma diversão em um filme sem muito sentido e totalmente sem
noção, apenas escolha seu lado – entre Tuck e FDR – e aproveite 97 minutos de
uma boa comédia.
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