sábado, 23 de fevereiro de 2013

103. GUERRA É GUERRA!, de McG


Uma boa comédia que ganha pontos por não enrolar muito, mas é previsível demais.
Nota: 7,5


Título Original: This Means War
Direção: McG
Elenco: Reese Withrspoon, Chris Pine, Tom Hardy, Til Schweiger, Chelsea Handler, John Paul Tuthan, Abigail Spencer, Angela Bassett, Rosemary Harris, George Touliatos, Clint Carleton, Warren Christie, Leela Savasta, Natassia Malthe
Produção: Simon Kinberg, James Lassiter, Robert Simonds e Will Smith
Roteiro: Timothy Dowling, Simon Kinberg e Marcus Gautesen
Ano: 2012
Duração: 97 min.
Gênero: Comédia / Romance

FDR Foster e Tuck são dois agentes da CIA que vivem juntos quase que o tempo todo, dividindo família, trabalho e amigos. Tuck, divorciado e pai de um garoto, acaba resolvendo, após algum tempo sem se relacionar com ninguém, criar um perfil na internet. Dessa forma ele conhece Lauren, uma bela mulher que acaba de sair de um relacionamento de forma um pouco ruim: largou tudo na vida para ir atrás do namorado em Los Angeles, mas ele a traiu e agora ela está sozinha. O problema surge quando FDR também começa a se relacionar com Lauren e os dois decidem que deixarão com que ela resolva seu preferido.



McG dirigiu dois filmes que caíram no gosto do público: “As Panteras” (2000) e “As Panteras Detonando” (2003), aqui, seu trabalho não é muito diferente do que vimos nesse dois longas: não há nada de incrível em “Guerra é Guerra”, mas, não se pode negar que o filme é muito simpático. Talvez essa simpatia encontrada em seus três filmes surja exatamente pelo fato de ele misturar toda a palhaçada que ronda os protagonistas – no caso, as investidas dos amigos para conquistar Lauren – com um pouco de seriedade – FDR e Tuck estão em busca de um grande criminoso. De forma clara, a graça fica a cargo de Tuck estar um pouco enferrujado, tentando ser gentil o tempo todo e não sabendo o que fazer em alguns momentos, já FDR é o típico playboy que acha que está por cima de tudo, o que acaba deixado Lauren um pouco cansada de toda a auto-confiança do rapaz. Para procurar compreender melhor a mulher os agentes fazem algo que todo homem deveria ter a chance de fazer ao menos uma vez na vida: separadamente, criam duas equipes que investigam todo o passado e presente da mulher, invadem sua casa – com ela dentro –, colocam escutas em todo canto e a vigiam dia e noite. Sem saber de nada, ela comenta sobre os dois com sua melhor amiga e dá todas as dicas necessárias para que os amigos descubram tudo a seu respeito e a tornem o alvo mais fácil de suas vidas. Um bom trunfo utilizado pelo diretor em seus três filmes – além de protagonistas carismáticos, uma história alucinante e boas cenas de ação – é a idéia de realizar um longa com menos de uma hora e quarenta de filme, o que auxilia na tentativa de não deixar o filme chato e muito cansativo. O problema fica nas previsões do longa, após dez minutos de filme já sabemos quem ficará com Lauren e o que acontecerá durante toda a história.



Chris Pine iniciou no cinema com o fraco “O Diário da Princesa 2” (2004), onde atuou ao lado de Anne Hathaway, na época uma também iniciante, se a parceria com Hathaway rendeu um filme ruim, imagine o que aconteceu quando o ator atou ao lado de Lindsey Lohan, a coisa ficou ainda pior, mas foi com “Sorte no Amor” (2006) que Pine se popularizou entre os jovens. Aqui ele é FDR, um homem, claramente, com problemas no passado, o que o tornou aquele típico homem sem perspectiva de um futuro amoroso sério e decente, mas que vê em Lauren uma mulher que merece seu respeito e decide mudar por ela. Tom Hardy fez uma pequena participação na mini-série de Steven Spielberg “Band of Brothers” (2001), mas foi apenas com “A Origem” (2010), que ganhou o público, e foi vivendo o grande vilão de “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (2012) que Hardy arrebatou a crítica, vivendo Tuck ele é o típico homem divorciado que não consegue esquecer a esposa e ter qualquer tipo de relacionamento com outra mulher, isso o tornou inseguro e totalmente desprovido de atitudes. O problema é exatamente que os amigos são dois extremos tão clássicos nesse gênero de filme que tudo pode ficar cansativo para algumas pessoas. E se essas personagens não forem suficientemente clichês, temos Reese Wistherpoon, vencedora do Oscar por “Johnny e June” (2005) e com uma lista de mais de dez filmes bem populares, vivendo Lauren, uma mulher que acabou de sair de um relacionamento que tinha tudo para dar certo, mas que foi por água a baixo quando ela foi traída, no entanto, Lauren está tentando mudar sua vida e parecerá o sonho de qualquer mulher estar em dois relacionamentos ao mesmo tempo com homens tão... distintos. Apesar de os personagens serem muito batidos, o trio segura bem por ser um trio de muito carisma e popular entre o público, acrescente a isso, a química entre eles é excelente.



Aos que já assistiram aos outros dois filmes de McG sobre as três espiãs mais adoradas da história, fica fácil imaginar qual o estilo desse filme, pois é seguida exatamente a mesma linha: temos vilões e mocinhos, temos um alvo fácil para o vilão, temos boas sacadas irônicas, podemos rir e nos divertir por um curto espaço de tempo. Entretanto, não espere nada que vá muito além do que o diretor realizou para As Panteras, apenas espere por uma diversão em um filme sem muito sentido e totalmente sem noção, apenas escolha seu lado – entre Tuck e FDR – e aproveite 97 minutos de uma boa comédia.




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