Tim Burton poucas vezes decepciona, essa
está longe de ser uma dessas vezes.
Nota: 9,4
Título Original: Frankenweenie
Direção: Tim Burton
Elenco: Winona Ryder, Catherine O’Hara,
Martin Short, Martin Mandau, Charlie Tahan, Atticus Shaffer, Robert Capron,
James Hiroyuki Liao, Conchata Ferrell, Tom Kenny, Dee Bradley Baker, Jeff
Bennett, Frank Welker, Melissa Stribling (filme) e Christopher Lee (filme)
Produção: Allison Abbate, Tim Burton
Roteiro: Leonard Ripps, Tim Burton e John
August
Ano: 2012
Duração: 87 min.
Gênero: Animação / Fantasia / Comédia
Victor Frankenstein é um jovem garoto
que não tem nenhum amigo, com exceção de Faísca, seu pequeno cãozinho. Quando
Faísca é atropelado, entretanto, Victor entra em uma depressão profunda. Mas,
ao ver seu novo professor, aparentemente, maluco de ciências dar um choque em
uma rã para fazer ela se mexer, Victor resolve fazer o mesmo com Faísca.
Aproveitando o fato de a cidade onde mora ser constantemente atingida por raios,
o garoto traz seu cão do mundo dos mortos. Mas mexer com vida e morte é algo
muito arriscado, e Victor saberá disso em breve.
Tim Burton dispensa apresentações. Por
um simples motivo: Tim Burton é Tim Burton. Tim Burton é como se fosse um
semi-Deus da cinematografia. Não apenas por eu gostar de Tim Burton, e sim por
Tim Burton ser um homem original, que inventou seu próprio estilo e nos traz,
sempre, filmes ao menos agradáveis, de uma forma ou outra. Para mim, mesmo
quando o filme não fica realmente bom, encontro alguma coisa interessante nele,
no ano passado, por exemplo, assisti a “Sombras da Noite” (2012), filme com
Johnny Depp, Helena Boham Carter e Michelle Pfeiffer, apesar das críticas
negativas, adorei o longa, por ser extravagantemente engraçado e ridículo. “Sweeney
Todd – Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet” (2007) é um musical sangrento
divertido, irônico e muito bem feito, “Os Fantasmas Se Divertem” (1988) foi um
pioneiro no humor negro moderno, “O Planeta dos Macacos” (2001) fez parte de
minha infância. Todavia, não é apenas seu louco estilo que me conquista, foi ao
assistir “Peixe Grande e Suas História Maravilhosas” (2003) que comecei a
enxergar o cinema com outros olhos, e foi assistindo aos filmes de Burton que
me aproximei da sétima arte. “Frankenweenie”, portanto, é mais que apenas uma
simples animação, é uma reflexão nítida de como não podemos mexer naquilo que
já aconteceu, afinal, “aquilo que está feito, está feito”, “ o que está morto
não pode morrer”, “há três coisas na vida que nunca voltam”, enfim, uma
infinidade de ditos populares ou provérbios milenares poderia resumir o que
esse filme quer mostrar. Nesse contexto, vemos que, quando alguns colegas de
Victor descobrem que ele consegue trazer seres mortos de volta à vida, querem
trazer seu animais à vida também. No entanto, como o próprio professor de
Victor aponta, tudo deve ser feito com muito amor, mesmo a ciência, de outra
forma, só existe um caminho óbvio: o fracasso. Além disso, vemos as lições
básicas de amizade, honestidade, força de vontade, amor de pai e mãe. E mais,
em uma cena ótima, os pais dos alunos questionam os métodos do novo professor
de ciências, pois seus filhos estão, agora, fazendo perguntas sobre tudo,
querendo pesquisar e se informar sobre tudo, já os pais de Victor acham tudo isso
ótimo e defendem o tal professor; uma crítica clara a como a sociedade sempre
foi alienada e prefere viver no que conhece a partir para o desconhecido e
viver novas aventuras, sair da rotina e ser uma pessoa diferente de vez em
quando, somente para variar um pouco.
Em animações, muitos temas são abordados
muitas reflexões são feitas e muito é dito de várias formas diferentes para
que, assim, tanto crianças, quanto adultos absorvam ao menos alguma mensagem do
filme. Aqui podemos ver muitas dessas características, e mais, referências a
grandes filmes do cinema: como ao mostrar uma pequena cena do filme “O Conde Drácula”
(1970) protagonizado por Christopher Lee (por isso fiz questão de colocar o
nome do ator no elenco da animação); a tartaruga gigante representando
Godzilla; o gato-morcego que se parece muito com algumas representações da metamorfose
ser humano-vampiro; pequenos animaizinhos pulando de um lado para o outro em
bando, que nos lembram dezenas de pequenos personagens irritantes e hiperativos
de outros filmes. Enfim, são muitos temas, muitas idéias tratadas em um filme
simples, preto e branco, com apenas 87 minutos – outra excelente pedida, ser
breve – que se tornaria apenas mais uma animação indicada ao Oscar de melhor animação de 2013 se não fosse dirigida
por Tim Burton. E é por esse direção que se torna a melhor animação do ano e
uma das únicas que satisfaz.
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