sábado, 23 de fevereiro de 2013

092. (ESPECIAL OSCAR 2013) FRANKENWEENIE, de Tim Burton


Tim Burton poucas vezes decepciona, essa está longe de ser uma dessas vezes.
Nota: 9,4


Título Original: Frankenweenie
Direção: Tim Burton
Elenco: Winona Ryder, Catherine O’Hara, Martin Short, Martin Mandau, Charlie Tahan, Atticus Shaffer, Robert Capron, James Hiroyuki Liao, Conchata Ferrell, Tom Kenny, Dee Bradley Baker, Jeff Bennett, Frank Welker, Melissa Stribling (filme) e Christopher Lee (filme)
Produção: Allison Abbate, Tim Burton
Roteiro: Leonard Ripps, Tim Burton e John August
Ano: 2012
Duração: 87 min.
Gênero: Animação / Fantasia / Comédia

Victor Frankenstein é um jovem garoto que não tem nenhum amigo, com exceção de Faísca, seu pequeno cãozinho. Quando Faísca é atropelado, entretanto, Victor entra em uma depressão profunda. Mas, ao ver seu novo professor, aparentemente, maluco de ciências dar um choque em uma rã para fazer ela se mexer, Victor resolve fazer o mesmo com Faísca. Aproveitando o fato de a cidade onde mora ser constantemente atingida por raios, o garoto traz seu cão do mundo dos mortos. Mas mexer com vida e morte é algo muito arriscado, e Victor saberá disso em breve.


Tim Burton dispensa apresentações. Por um simples motivo: Tim Burton é Tim Burton. Tim Burton é como se fosse um semi-Deus da cinematografia. Não apenas por eu gostar de Tim Burton, e sim por Tim Burton ser um homem original, que inventou seu próprio estilo e nos traz, sempre, filmes ao menos agradáveis, de uma forma ou outra. Para mim, mesmo quando o filme não fica realmente bom, encontro alguma coisa interessante nele, no ano passado, por exemplo, assisti a “Sombras da Noite” (2012), filme com Johnny Depp, Helena Boham Carter e Michelle Pfeiffer, apesar das críticas negativas, adorei o longa, por ser extravagantemente engraçado e ridículo. “Sweeney Todd – Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet” (2007) é um musical sangrento divertido, irônico e muito bem feito, “Os Fantasmas Se Divertem” (1988) foi um pioneiro no humor negro moderno, “O Planeta dos Macacos” (2001) fez parte de minha infância. Todavia, não é apenas seu louco estilo que me conquista, foi ao assistir “Peixe Grande e Suas História Maravilhosas” (2003) que comecei a enxergar o cinema com outros olhos, e foi assistindo aos filmes de Burton que me aproximei da sétima arte. “Frankenweenie”, portanto, é mais que apenas uma simples animação, é uma reflexão nítida de como não podemos mexer naquilo que já aconteceu, afinal, “aquilo que está feito, está feito”, “ o que está morto não pode morrer”, “há três coisas na vida que nunca voltam”, enfim, uma infinidade de ditos populares ou provérbios milenares poderia resumir o que esse filme quer mostrar. Nesse contexto, vemos que, quando alguns colegas de Victor descobrem que ele consegue trazer seres mortos de volta à vida, querem trazer seu animais à vida também. No entanto, como o próprio professor de Victor aponta, tudo deve ser feito com muito amor, mesmo a ciência, de outra forma, só existe um caminho óbvio: o fracasso. Além disso, vemos as lições básicas de amizade, honestidade, força de vontade, amor de pai e mãe. E mais, em uma cena ótima, os pais dos alunos questionam os métodos do novo professor de ciências, pois seus filhos estão, agora, fazendo perguntas sobre tudo, querendo pesquisar e se informar sobre tudo, já os pais de Victor acham tudo isso ótimo e defendem o tal professor; uma crítica clara a como a sociedade sempre foi alienada e prefere viver no que conhece a partir para o desconhecido e viver novas aventuras, sair da rotina e ser uma pessoa diferente de vez em quando, somente para variar um pouco.


Em animações, muitos temas são abordados muitas reflexões são feitas e muito é dito de várias formas diferentes para que, assim, tanto crianças, quanto adultos absorvam ao menos alguma mensagem do filme. Aqui podemos ver muitas dessas características, e mais, referências a grandes filmes do cinema: como ao mostrar uma pequena cena do filme “O Conde Drácula” (1970) protagonizado por Christopher Lee (por isso fiz questão de colocar o nome do ator no elenco da animação); a tartaruga gigante representando Godzilla; o gato-morcego que se parece muito com algumas representações da metamorfose ser humano-vampiro; pequenos animaizinhos pulando de um lado para o outro em bando, que nos lembram dezenas de pequenos personagens irritantes e hiperativos de outros filmes. Enfim, são muitos temas, muitas idéias tratadas em um filme simples, preto e branco, com apenas 87 minutos – outra excelente pedida, ser breve – que se tornaria apenas mais uma animação indicada ao Oscar de melhor animação de 2013 se não fosse dirigida por Tim Burton. E é por esse direção que se torna a melhor animação do ano e uma das únicas que satisfaz.


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