sábado, 23 de fevereiro de 2013

100. O PODEROSO CHEFÃO PARTE II, de Francis Ford Coppolla


Tecnicamente, o melhor filme da trilogia, mas, por ser o segundo, jamais superará o posto da Parte I como o melhor filme da história do cinema.
Nota: DEZ


Título Original: The Godfather Part II
Direção: Francis Ford Coppola
Elenco: Al Pacino, Robert De Niro, Diane Keaton, Robert Duvall, John Cazale, Talia Shire, Lee Strasberg, Michael V. Gazzo, G. D. Spradlin, Richard Bright, Gastone Moschin, Tom Rosqui, Bruno Kirby, Frank Sivero
Produção: Francis Ford Coppola, Gray Frederickson, Fred Roos, Mona Skanger e Robert Evans
Roteiro: Francis Ford Coppolla e Mario Puzzo (romance)
Ano: 1974
Duração: 210 min.
Gênero: Drama / Crime

Após a morte de Vito, seu filho mais novo Michael assume a liderança definitiva da família Corleone, apesar de, no primeiro filme, recebermos Michael como o único na família que não deseja assumir os negócios do pai, aqui vemos uma mudança quase inacreditável. Dessa forma, o novo Don Corleone terá que arcar com problemas que já vinham ocorrendo desde antes da morte de Vito, o principal deles: outros mafiosos querem a cabeça do líder Corleone e alguém de dentro da casa de Michael está por trás dessa tramóia. Em contra plano, vemos a história do próprio Vito Corleone, desde a morte de seus pais na Itália, sua ida para os EUA, sua ascensão como chefe, sua vingança e, sobretudo, sua consolidação como o Don Corleone.


Mostrada de forma linear para cada uma das personagens principais, a sequência de um dos maiores filmes da história do cinema vai contra todas as regras: é melhor que o primeiro. Digo isso, porque, geralmente quando nos deparamos com a continuação de qualquer história (mesmo que ela seja baseada em bons livros, ou mesmo que o primeiro filme tenha sido um sucesso estrondoso que dava a chance de se ter uma excelente sequência) costuma decepcionar. Isso ocorreu em  “A Saga Crepúsculo”, “As Crônicas de Nárnia”, “Entrevista com o Vampiro”, “Batman” (Tim Burton), “Jurassic Park”, “X-Man”, “Matrix” e “Instinto Selvagem”; outros não mudam muito (não significa que sejam bons ou ruins, nem que se tornam melhores ou piores, apenas continuam na mesma linha): “Harry Potter”, “Hannibal”, “Quarteto Fantástico”, “Indiana Jones”, “Premonição” “Sherlock Holmes”; por fim, os filmes que obtiveram sequências tão boas quanto ou melhores que os primeiro: “Elizabeth”, “Se Beber Não Case”, “O Senhor dos Anéis”, “Batman” (Christopher Nolan), “007” e, obviamente, “O Poderoso Chefão”. Não é que o primeiro tenha algum defeito, muito pelo contrário, mas a continuação é capaz de nos deixar curiosos e atônitos, sem perder ritmo, acrescente a isso, traz um roteiro que acerta em cheio quando resolve contar as duas histórias, mostrando como não há muitas diferenças naquilo que Vito fez e enfrentou para chegar ao poder para aquilo que Michael está fazendo para permanecer no topo. A diferença, portanto, não está nas atuações (até porque o primeiro conta com a brilhante interpretação de Marlon Brando), nem na trilha sonora (aliás, a do primeiro é melhor) ou no roteiro (ambos são ótimos, mas esse é um pouco melhor, apesar de longo), está no fato de que parece que o próprio Coppolla está mais familiarizado com a Saga dos Corleone, nos trazendo algo mais maduro e rígido, mais bem feito mesmo, com técnicas melhores (costumo dizer que no primeiro filme ele fez muitos testes que, por sorte, já começaram a dar certo ali) e mais adaptadas e a provável ligação entre ele o elenco principal torna tudo mais fácil. Não há como não parabenizar Nino Rota pela maravilha que é sua trilha sonora.


Al Pacino é, sem dúvida, um dos melhores atores da história do cinema, e aqui ele prova mais uma vez sua genialidade; após dois anos longe da personagem, ele está muitas vezes melhor, mais maduro, com uma postura melhor (de macho alfa mesmo), comportando-se como um verdadeiro mafioso, além disso, na construção da personagem, Pacino torna aquele mocinho sonhador que foi para a guerra lutar por seu país, um home frio e calculista, capaz de tudo para proteger sua família, tê-la por perto e continuar no poder. Robert De Niro, vencedor do Oscar de melhor ator coadjuvante por sua interpretação, é aquilo que chamo de um assombro vivendo Vito Corleone jovem, o principal fator está em ser, absolutamente, necessário imitar um pouco algumas coisas feitas por Brando no filme anterior, e, logo na primeira fala de De Niro, vemos que ele não decepciona: sua voz ficou idêntica a de Brando na pele de Vito, além disso, seus trejeitos, a forma de falar e andar e até o modo como toca as pessoas nos lembra a eterno Don Corleone. Robert Duvall volta na pele do advogado e amigo de confiança de Vito – e, agora, o braço direito de Michael -, bem como Pacino, Duvall mostra o quanto sua personagem cresceu, pois Tom Hagen já está ficando velho e sente as dificuldades chegando, mas, em momento algum, deixa de estar ao lado de Michael, por mais que suas feições denotem cansaço e exaustão. Diane Keaton volta no papel da insuportável Kay, apesar de a personagem ser chata por continuar querer casada com Michael, mas querendo que ele seja um homem totalmente íntegro, Keaton proporciona uma das cenas mais belas do filme ao lado de Pacino, além disso, não há absolutamente nada a reclamar sobre sua atuação. John Cazele continua no papel do irmão mais velho de Michael, basta lembrar que ele perdeu o posto de chefão para Michael para saber que ele trará problemas e uma das cenas mais aterrorizantes da trilogia. Por fim, além do restante do elenco – que é fantástico – destaco a irmã de Michael, Connie, interpretada pela atriz Talia Shire, apesar de a atriz ser um pouco tímida, ela deixa claro que a personagem não superou o assassinado do marido, mas que está disposta a fingir que esqueceu para poder viver em paz com o irmão, que se torna, com o passar do tempo, um pai para ela.


Quando o primeiro filme da trilogia foi lançado, o público se surpreendeu ao ver tanta veracidade e realidade acerca da máfia nos EUA, com esse filme, a violência aumentou e mortes tornaram-se comuns, acrescente a isso, a Família Corleone consolidou-se não somente como os maiores mafiosos dos EUA no filme, mas como o maior grupo de anti-herois da história do cinema, sendo impossível odiar Vito ou Michael, isso é, sabemos que eles são o que há de mais podre na face da terra, mas ainda sim os amamos, ainda mais com esse filme, onde descobrimos as origens de Vito – o que nos faz ter certeza de que ele não fez tudo o que fez por ter uma índole má, mas porque foi criado no meio de pessoas que o deixaram vingativo e com desejo de poder e dinheiro -, também acabamos compreendendo Michael, afinal, como sair de um negócio como a máfia sem que sua família não seja prejudicada? Durante o primeiro filme, entretanto, parece que Michael Corleone se pergunta mais sobre isso, já aqui, ele assume as responsabilidades e compreende que isso é impossível. Al Pacino e Robert De Niro, não são humanizados por ninguém, mas também não são monstros, são pessoas fezendo o qeu podem para sobreviver, e se fosse dada a você a árdua tarefa de matar alguém para sobreviver e proteger sua família e a si próprio, você não mataria?
A seguir veja lista das dez maiores cenas desse filme em ordem cornológica, mas já faço uma ressalva: contém revelações cruciais para a trama, portanto, assista ao filme e depois volte para conferir e concordar ou discordar de minha opinião:

01. Após a morte do pai, do irmão e da mãe, o pequeno Vito deixa a cidade de Corleone na Itália e vai para os Estados Unidos da América fugindo do poderoso homem que matou sua família

02. Michael Corleone comemora a primeira comunhão de seu filho, e, obviamente, atende homens poderosos, bem como Connie, sua irmã que pula de um casamento para outro;

03. Homens aliados a inimigos de Michael fazem uma tentativa de assassinato na casa de sua família, onde estavam seus filhos, esposa, mãe, irmãos

04. Michael vai até Havana, Cuba, para encontrantrar alguns aliados e alguns inimigos, lá ele descobre que os inimigos estão onde menos imaginamos;

05. Vito Corleone assassina o poderoso Don Fanucci e torna-se um dos homens mais poderosos de Nova York: é aí que inicia a verdadeira Saga da Família Corleone;

06. Vito Corleone instala o letreiro de sua nova empresa: Importações Genco, apenas uma fachada para completar sua vingança e tornar-se o chefe de uma das maiores famílias de carcamanos dos EUA;

07. Michael Corleone é julgado por seus crimes, mas dá uma declaração prá lá de manjada sobre sua contrinuição no exército, suas doações e sua vontade de deixar uma América digna para seus filhos viverem;

08. A esposa de Michael Corleone, Key, se cansa de toda essa loucura de ser casada com um homem tão perigoso e revela não ter perdido o filho que esperava e, sim, ter cometido um aborto, ela deixa o marido para trás, mas também é obrigada a deixar os filhos;

09. Vito Corleone vai até a Itália com sua família e, finalmente, vinga a morte de sua pai, seu irmão e sua mãe: mata o homem que os assassinou;

10. Bem como no filme anterior, temos uma das cenas mais belas da trilogia: Michael Corleone acaba conseguindo tudo o que precisa para seguir em frente – a morte de seus maiores inimigos, dentre eles, o próprio irmão, Fredo.

“Cena Bônus”: em uma cena mais que nostálgica, os Corleone sentam-se esperam Vito Corleone no dia de seu aniversário para lhe fazer uma surpresa, até ali, Michael ainda tinha suas idéias revolucionáris para um país melhor e revela que acabara de, nocentmente, se alistar para o exército América, quem vê até pensa...


VENCEDORES BAFTA AWARDS 2013:

Melhor Filme: Argo
Melhor Filme Britânico: 007 – Operação Skyfall
Melhor Estreia de Argumentista, Realizador ou Produtor Britânico: The Imposter
Melhor Filme Estrangeiro (não em língua inglesa): Amor
Melhor Documentário: Searching for Sugar Man
Melhor Filme de Animação: Brave
Melhor Direção: Ben Affleck, Argo
Melhor Roteiro Original: Django Livre
Melhor Roteiro Adaptado: Silver Linings Playbook
Melhor Ator: Daniel Day-Lewis, Lincoln
Melhor Atriz: Emmanuelle Riva, Amor
Melhor Ator Coadjuvante: Christoph Waltz, Django Livre
Melhor Atriz Coadjuvante: Anne Hathaway, Os Miseráveis
Melhor Trilha Sonora: 007 – Operação Skyfall, de Thomas Newman
Melhor Fotografia: As Aventuras de Pi
Melhor Edição: Argo
Melhor Design de Produção: Os Miseráveis
Melhor Figurino: Anna Karenina
Melhor Cabelo e Maquiagem: Os Miseráveis
Melhor Som: Os Miseráveis
Melhores Efeitos Visuais: As aventuras de Pi
Melhor Curta-Metragem de Animação: The Making of Longbird
Melhor Curta-Metragem: Swimmer



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