A animação mais original do ano.
Nota: DEZ
Título Orginal: The Simpsons: The Longest Daycare
Direção: David Silverman
Produção: Matt Groening, Richard
Raynis, Richard Sakai, James L. Brooks
Roteiro: James L. Brooks, Matt Groening, Al Jean, David Mirkin, Joel H.
Cohen, Michael Price e Matt Groening
Ano: 2012
Duração: 5 min.
Gênero: Animação / Curta-Metragem /
Drama / Comédia
CONFIRA O CURTA:
Marge deixa a pequena Maggie na creche,
aparentemente, no primeiro dia em que a pequena deve enfrentar tal tortura.
Chegando lá, ela deve passar por vários destes até descobrirem que ela não é
tão especial e deve ir para a ala dos “não especiais”. Em sua nova turma,
Maggie descobre a prática do roubo, do assassinato, do isolamento social. Mas,
ao ver um garotinho matando borboletas, ela percebe o quanto precisa ajudar os
animais, e fará de tudo para proteger uma pequena lagarta.
Ironicamente, Maggie é considerada,
pelos fãs da série “Os Simpsons” como a mais inteligente entre todos os
integrantes da família. Apesar de não gostar da produção – acho Hommer, Marge e
Barney personagens chatas e sem noção alguma, mas adoro Lisa e Maggie -, devo
admitir que as histórias acerca da família e da cidade de Springfiel (onde eles
moram) criticam de forma inteligente a sociedade, mas, para atrair o público,
parece que insistem em jogar um sarcasmo que faz toda a produção se tornar
idiota. Enfim, aqui, como disse, a pequena Maggie é considerada não tão
inteligente para virar um gênio – uma bela crítica a sociedade que separa
homens, mulheres, pretos, brancos, asiáticos, americanos e heterossexuais de
homossexuais sem saber quais são as verdadeiras intenções dos seres humanos, ou
seus respectivos talentos e propósitos na terra. Nesse contexto, além de todo o
rápido raciocínio de Maggie em compreender que havia alguma coisa errada
naquela seleção maluca, ela percebe rapidamente que há alguma coisa errada com
seus colegas de classe, mas, mais rápida ainda é sua percepção de que não pode
deixar de salvar a pobre lagartinha que se tornará uma bela borboleta. E é
nessa fuga que o curta se torna um dos curtas mais fantásticos que já assisti:
é como se fosse um grande thriller bem no estilo Alfred Hitchcock ou Martin
Scorsese, e o terror é tanto que, em seu desfecho, nos surpreendemos com a
forma belíssima como Maggie se entrega a causa e se sacrifica pela
borboletinha. Sobre a fase de seleção, uma crítica bem real e básica: ninguém é
inocente, hoje em dia ninguém está seguro, afinal, todos são perigos em potencial.
A trilha sonora do curta é composta e
conduzida pelo mestre Hans Zimmer, e é claro que todos os curtas necessitam de
uma grande trilha sonora, nesse caso, por ele ser um filme mudo, que conta
apenas com a música de Zimmer para as apelações mais sentimentais da trama. É
essencial lembrar que David Silverman dirigiu a série “Os Simpsons” (1989 –
2006) e o longa “Os Simpsons – O Filme” (2007), dessa forma, não preciso
explicar o quanto o diretor é familiarizado com a série. Não há como não
apontar a apelação do curta ao mostrar Maggie enlouquecida para ajudar uma
borboleta de seu coleguinha problemático, ou seja, um ser humano tentando
ajudar a natureza enquanto outro tenta destruí-la. Mas se todos os filmes
pudessem mostrar seres tão novinhos cuidando do meio ambiente, mesmo que apenas
para fazer apelação, tudo seria bem mais belo e significativo, afinal, de uma
forma ou outra, nossos pequenos aprenderiam algum coisa lá em seu inconsciente.
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