Nada muito grandioso, mas um bom longa
sobre a força feminina.
Nota: 7,0
Título Original: Enough
Direção: Michael Apted
Elenco: Jennifer Lopez, Billy Campbell, Tessa Allen, Juliette Lewis, Dan
Futterman, Noah Wyle, Fred Ward, Janet Carroll, Bill Cobbs, Bruce A. Young
Produção: Bob Cowan, Irwin Winkler
Roteiro: Nicholas Kazan
Ano: 2002
Duração: 115 min.
Gênero: Drama / Thriller
' Slim é uma bela mulher que trabalha como
garçonete, certo dia é abordada da forma mais clichê possível por um homem.
Outro homem interrompe a catada e Slim acaba se apaixonando e casando com ele.
O casal vive feliz durante alguns anos, mora em uma casa imensa, tem uma filha
e uma vida social ótima. Entretanto, Mitch Hiller não era tudo aquilo o que
Slim pensava: quando ela descobre que ele tem uma amante e resolve tirar
satisfações ele deixa bem claro que quem manda ali é ele e que o papel da
esposa é aturar o que o marido faz e diz. Agora Slim terá de escolher entre
permanecer ao lado do marido agressivo ou lutar contra ele.
Michael Apted dirigiu filmes simpáticos
como “Nas Montanhas dos Gorilas” (1988), longas de ação para adultos como “007
– O Mundo não é o Bastante” (1999) e produções destinadas para o público
infanto-juvenil como “As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada”
(2010). Dentre seus filmes, “Nunca Mais” se aproxima dos destinados ao público
adulto, que é mais capaz de compreender o que se passa na cabeça da personagem
principal e avaliar as atitudes tanto dela – que está desesperada para se ver
longe do marido, protegendo sua vida e, principalmente, a da filha do casal –
quanto dele – um homem descontrolado que está mais acostumado a ter tudo sobre
o seu controle, e parece não ver no divórcio uma alternativa plausível. Dentre
os mais diversos fatos a serem observados durante o enredo, talvez o maior
deles seja a escolha de Slim: ficar e permanecer ao lado do homem agressivo –
isso implicaria em aquentar as traições e um tapa aqui e outro ali de vez em quando,
mas ela e a filha ainda teriam uma vida confortável como sempre tiveram desde
que Slim se casou -; fugir e deixar tudo para trás – o que provocaria a fúria
de Mitch e faria com que ele, provavelmente fosse atrás das duas -; correr até
seu pai biológico e pedir ajuda – apesar de o homem ser rico, ele poderia negar
qualquer coisa para a jovem, e ela se veria em outro grande problema, afinal, o
próprio pai poderia delatá-la ao marido -; dar um jeito de assassinar o marido
e provar que foi em legítima defesa – isso significaria deixar a filha sem pai,
mas elas teriam tudo o que se precisam para viver, paz e dinheiro, o trauma da
perda do pai se compensaria mais tarde. Enquanto Slim pensa, entretanto, o
tempo corre e ela deve fazer alguma coisa para preservar sua vida e de sua
filha, e é aí que está o melhor do filme: o roteiro não chega a ser chato, elas
fogem um pouco, correm para aqui e para ali e, no momento em que tudo começaria
a ficar monótono, Slim resolve enfrentar o marido e mostrar do que ela é capaz.
David Arnold, compositor de trilhas sonoras de pouco menos de meia dúzia dos 23
longas da franquia “007”, assina a boa trilha sonora desse filme, nada de mais,
apenas um bom trabalho.
Jennifer Lopez é uma das atrizes mais
simpáticas e sexys do cinema da última década, todavia, não é uma coisa fácil
encontrar uma interpretação realmente boa dela como atriz. Aqui ela está
satisfatória demonstrando as aflições de uma mãe quando a vida de sua única
filha corre perigo, além disso, o medo e a determinação se fazem presentes o
tempo todo. Billy Campbell é um Mitch natural apenas nos momentos agressivos, o
problema, nesse contexto, fica nas cenas que o ator precisa ser um pouco mais
sério, é aí que sua interpretação fica exagerada demais e tudo vai a baixo. Tessa
Allen, uma jovem atriz que não realizou muitos trabalhos após esse, é a pequena
Gracie, é raro ver uma atriz se sair bem em com uma personagem que precisa
lidar com o sofrimento de ter um divórcio tão conturbado entre seus pais, a
menina tinha apenas seis anos na época, mas parece estar vivendo a situação na
vida real. No restante do elenco, temos os amigos de Slim, Juliette Lewis e Dan
Futterman, o pai de Slim, Fred Ward e a mãe de Mitch, Janet Carroll.
Filmes sobre mulheres que são mal
tratadas pelos maridos e resolvem fazer alguma coisa a respeito para mostrar
que merecem mais respeito é algo bem comum vindo de Hollywood, e é esse o
problema. Sendo comum, os filmes que abordam esse tema se tornaram algo muito
clichê e sem graça, no entanto, “Nunca Mais” possui um roteiro, no mínimo,
interessante. Talvez seja a forma como ele acaba sendo abordado ou a montagem
muito diferenciada – o que é um risco tremendo para qualquer produção -,
talvez, ainda, sejam as atuações um pouco fracas, enfim, tudo acaba contribuindo
para uma produção agradável de se assistir prestando a atenção apenas uma vez
na vida, as outras, podem ser apenas para passar o tempo.
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